sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um sondagem curiosa

A sondagem de hoje coloca questões duas questões curiosas, o empate técnico entre o PS e o PSD e a subida do Bloco de Esquerda e do CDS.
Já chamei à atenção para o perigo que a subida do Bloco de Esquerda pode representar para a democracia, pelo que não vale a pena repetir os argumentos.
Quanto ao CDS, não constituindo um perigo, imediato, para o regime democrático, revela que vai aproveitar esta campanha para defender uma política de direita, xenófoba e profundamente reaccionária, mesclada de um populismo demagógico, ao sabor dos caminhos que levaram a extrema-direita ao poder, em outros países.
O eleitorado português tem a oportunidade de separar as águas e definir o que quer para os próximos quatro anos, quer a nível nacional, quer no poder local.
O que se espera é que a actuação de algumas corporações, que apenas visam defender os seus próprios interesses, não introduzam ruído prejudicial à opção dos eleitores.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nem é preciso ir à bruxa

A quando do "regresso", negociado, de Fátima Felgueiras a Portugal, escrevi que a Presidente da Câmara de Felgueiras tinha regressado porque sabia que nunca seria condenada em pena de prisão efectiva e poderia, inclusive, ser absolvida.
A decisão de hoje vem confirmar a minha premonição, o que me leva a acreditar que Fátima Felgueiras estava tão certa desta verdade que não hesitou em regressar. Mesmo sem ir à bruxa, ou, como diria alguém, a bruxa era outra.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A unanimidade negativa em torno do debate Costa/Santana

O debate entre António Costa e Pedro Santana Lopes mereceu, pela negativa, a unanimidade de todos os comentadores e, eventualmente, dos espectadores (já agora seria interessante saber os níveis da audiência) que não são militantes partidários.
O melhor do debate foi a análise dos comentadores, na SIC e na RTPN, nomeadamente a intervenção de Adelino Maltez, que colocou o dedo na ferida: não se discutiu Lisboa numa perspectiva de futuro, não se falou nas mudanças essenciais para a cidade e, principalmente, das alterações estruturais à concepção administrativa do Poder Local que se mantém, na sua essência, idênticas à do Estado Novo.
Mudar a cidade, implica reformar o poder local, reduzir o número de freguesias, racionalizar os meios, dar corpo e vida ao centro urbano, retirar de Lisboa milhares de viaturas, criando sistemas de mobilidade alternativos, ou seja, transformar Lisboa numa cidade viva, com pessoas cá dentro, contrariamente ao que acontece hoje em dia, em que o centro, as chamadas avenidas novas e outras zonas da cidade são áreas desertas e fúnebres.
Para isto é preciso coragem, determinação, imaginação e capacidade para fazer uma ruptura política que ponha termo a interesses corporativos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Luís Osório, um erro de casting

No dia 1 de Junho critiquei, aqui, de forma, admito, violenta, Luís Osório, face ao ataque grosseiro que fez à honra de Cavaco Silva.
Já tinha escrito, que não percebia como é que o RCP tinha à frente da informação um indivíduo como Luís Osório.
Não é nada de pessoal, porque nem sequer o conheço, mas espantava-me como é que ele chegou a director de informação do RCP.
Porque não gosto de meias palavras, nem de ser politicamente correcto, é minha convicção que Luís Osório não tinha qualidade para o cargo.
A administração do RCP chegou à mesma conclusão. Um pouco tarde, pois o espaço informativo que se quis criar como alternativo à TSF pode ter sido perdido pela presença de Luís Osório. Mas como diz o ditado popular: "mais vale tarde do que nunca".

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Louçã e a OPA sobre Miguel Vale de Almeida

Francisco Louçã não está preocupado com o convite a Joana Amaral Dias, porque esta ex-deputada não vale um voto.
Aquilo que agitou Louçã foi a OPA que o PS lançou sobre Miguel Vale de Almeida, porque este ex-bloquista vale muitos votos e arrasta consigo um poderoso grupo social que, além de ter uma boa imprensa, poderá deslocalizar os seus votos para os socialistas.
O Bloco vive uma encruzilhada e estas eleições podem ser fatais para Louça e para a sua ambição, caso o PCP consiga estabilizar a sua votação e os socialistas não percam muitos votos para os bloquistas.
Apesar de, nestas eleições, o que está em causa ser a alternativa entre o PSD e o PS para a governação, não podemos esquecer que o radicalismo extremista e beatífico de Louçã é perigoso para a democracia. Facilitar a vida ao Bloco pode ser grave e quem pensa que deve ajudar o seu crescimento à custa do PS comete um erro fatal para a democracia e demonstra total incapacidade e ausência de visão estratégica.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ao que isto chegou

Ver e ouvir Francisco Louça, com uma sincera convicção, deixar no ar a hipótese de ser primeiro-ministro e, mais, ser a pessoa com as condições necessárias para resolver os graves problemas do nosso País, parece-me um sonho/pesadelo que nunca pensei ter, mesmo nos dias mais tenebrosos porque Portugal passou. Mas enfim, como isto está, ao que isto chegou, já acredito em tudo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Uma lista de deputados equilibrada e de combate

A Distrital do PSD de Lisboa votou uma lista de candidatos a deputados renovada e equilibrada, quanto baste.
Com uma excepção, que não adianta dissecar e da qual discordo por todos os motivos e mais um, é uma lista com capacidade de combate político, quer o PSD esteja no Governo, quer esteja na oposição.
E, sinceramente, é tempo de se voltar ao combate político, frontal, directo, com a demarcação de posições e com a capacidade para defender os princípios em que acreditamos.
A política é uma actividade responsável, mas também tem uma componente lúdica, porque sem gosto pela política, não passamos de "robots".

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ciclo eleitoral- uma caixa de surpresas

A candidatura de Isabel Galriço Neto, pelo CDS/PP, às eleições legislativas, constitui uma excelente opção por parte do partido de Paulo Portas.
A médica, que mais tem pugnado pelos cuidados paliativos, é inequivocamente, uma mais-valia para o PP e para o Parlamento.
A renovação do parlamento passa pela entrada de pessoas competentes, nas suas áreas de actuação, que tenham, igualmente, o sentido da política e não sejam meros tecnocratas, que tanto podem estar de um lado ou de outro, porque a vida pública deve ser feita de opções, assumindo-se a responsabilidade pelas mesmas.
Lateralmente à candidatura ao Parlamento, resta saber se o CDS/PP vai aproveitar o impacto de Isabel Neto em Odivelas, uma vez que o trabalho desta médica teve uma enorme relevância naquele Concelho.
Se assim for, iremos ver se um partido de direita, conservador e liberal consegue ter uma votação superior ao seu eleitorado, num Concelho tradicionalmente de esquerda ou de centro-esquerda.
Este ciclo eleitoral vai ser uma caixa de surpresas e qualquer sondagem arrisca-se a falhar estrondosamente.

sábado, 18 de julho de 2009

O desastre de Elisa Ferreira

Elisa Ferreira deu mais um forte contributo para a sua derrota em Outubro, ao aceitar, embevecida, o apoio de Pinto da Costa.
Em primeiro lugar a deputada europeia comprova que desconhece, por completo, o Porto, ou melhor a cidade do Porto.
Rui Rio ganhou, claramente, as primeiras eleições contra Pinto da Costa, demonstrando a coragem que se lhe reconhece e que não o fez recuar perante os dislates do presidente do F.C. do Porto.
Em segundo lugar, Elisa Ferreira não sabe, desconhece e não entende que o núcleo duro dos adeptos do F.C. do Porto, que poderão seguir, cegamente, Pinto da Costa, não vota para a Câmara do Porto, mas sim para as autarquias limítrofes da área metropolitana do Porto.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Código que legaliza o "saque fiscal"

Mais importante e penalizador, para os portugueses, do que as declarações de Alberto João Jardim, é a hipótese de o Código Contributivo, que foi aprovado apenas com os votos favoráveis do Partido Socialista, ser promulgado pelo Presidente da República. O futuro Código Contributivo é uma aberração e um atentado aos direitos dos cidadãos, uma vez que permite que o Estado possa "atacar os contribuintes", transformando a cobrança fiscal em "saque fiscal". A legitimidade da arrecadação fiscal e a necessidade de combater a fuga e a fraude fiscal, não pode abrir o caminho à subversão do Estado e à transformação da máquina fiscal numa central de espoliação dos contribuintes. Cavaco Silva pode, aqui, exercer o seu magistério de influência e vetar, politicamente, um diploma que, em tempo de recessão, aumenta a carga fiscal sobre as instituições privadas de solidariedade social e alguns sectores da economia, como a agricultura e o comércio. Por uma questão de bom senso, o Código Contributivo deveria ser submetido à discussão e votação dos deputados que vierem a ser eleitos em Outubro. Qualquer outra solução deve ser penalizada, nas urnas, pelos cidadãos,

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mercearia Eleitoral

Helena Roseta disse, ontem, que a coligação com António Costa não dependia de questões de mercearia eleitoral.
Afinal parece que era essa a questão, pois Helena Roseta vai ser a número dois da lista, apesar de, em caso de vitória, Manuel Salgado continuar como vice-presidente.
Isto diz tudo da coligação e do que António Costa pensa, realmente, da sua nova parceira.

Em busca da coligação perdida

António Costa anda desesperado na tentativa de arranjar um parceiro para uma coligação que lhe permita "sonhar" com uma vitória em Lisboa.
Para a sua sobrevivência política é fundamental ganhar Lisboa, porque se tal não acontecer, difícilmente chegará à liderança do PS.
Depois de Sá Fernandes, que pouco acresce aos socialistas em termos eleitorais, perdida a possibilidade de uma ampla frente de esquerda - porque a esquerda está mais interessada em substituir o PS do que em se coligar - António Costa parte para um acordo com Helena Roseta extremamente fragilizado.
O mais interessante desta hipótese deriva de já vir tarde e não convencer os eleitores de que é uma solução forte e consistente.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um mau acordo e uma derrota inevitável

Um mau acordo ou o acordo possível foi o que António Costa celebrou com Sá Fernandes, pelo simples facto de que o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda tem pouco relevo eleitoral e a sua passagem para o PS retira-lhe alguma credibilidade.
Além do mais, não fez nada de relevante para a cidade, nem possui o apoio de qualquer movimento de cidadãos.
Compreendo que António Costa não tem muitas opções, entrincheirado entre um governo que é um ”mau amigo” para este momento eleitoral e uma ampla coligação de centro liderada por Santana Lopes, sem esquecer o impacto da multiplicidade de candidaturas à esquerda, que lhe retira qualquer hipótese de ganhar, porque o voto útil já passou à historia.
O mais problemático, porém, é que o pensamento de António Costa já está no pós-Sócrates, ou seja, na liderança do Partido Socialista.
A vida é dura, ou como diria Guterres, “é a vida”.

domingo, 12 de julho de 2009

É sempre bom saber

Porque em férias é sempre bom saber, chama-se à atenção, a quem vai viajar para fora de Portugal , da Portaria n.º 630/2009 (DR 110 SÉRIE I, de 2009-06-08) do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que estabelece as condições de emissão da licença internacional de condução prevista na Convenção Internacional sobre Trânsito Rodoviário Ministério das Obras Públicas, Transportes, retirando a exclusividade da emissão de tal licença ao ACP.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nem sempre as primeiras páginas resultam

No mesmo dia em que o jornal “I” proclamava que a retoma estava difícil por causa do aumento do preço do petróleo, o crude negociava a 59 dólares em Nova Iorque.
Talvez fosse mais avisado que o “I” falasse nas outras causas que dificultam a saída da crise, como a incapacidade dos governantes em encontrar soluções para a economia artificial que se viveu nos últimos vinte anos, ou da ganância de alguns “empresários”, sem visão estratégica, que apenas querem obter mais-valias sem olhar a meios.

Atenção a este diploma legislativo

O diploma que alterava o estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), permitindo a sua passagem a ordem profissional, que deveria ter sido votado na generalidade no Parlamento voltou a descer à comissão sem votação, para ser alterado, a pedido da maioria socialista.
Devem andar à procura do futuro bastonário, para fazer o fato à medida do cliente, ou seja devem estar a pensar quem pode vir a gerir os fundos da formação dos técnicos oficiais de contas.
Uma vez que o prazo para aprovar o diploma está a acabar, talvez fosse bom que os restantes partidos tentassem impedir a sua aprovação e o Presidente da República fosse sensibilizado para, caso fosse aprovado, não promolgar o diploma.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Um sinal de derrota

A escolha pelo Governo do ex-secretário de Estado de Estado dos Assuntos Fiscais João Amaral Tomáz para o novo cargo de mediador do crédito vem comprovar que estamos em fim de ciclo.
Sempre que um governo termina o mandato e sente que vai perder começa a colocação de pessoas de confiança política em determinados cargos.
Inexplicavelmente, os políticos ainda não perceberam, ao fim destes anos, que este é um sinal de derrota.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nada como a serenidade do julgamento

Por princípio não gosto de criticar o estado da justiça só por criticar, nem sou defensor de teorias da conspiração, de subserviências ou de favores, na justiça.
A justiça portuguesa tem sido, apesar das críticas, um dos pilares da democracia e apenas é salpicada por algum excesso de protagonismo do poder político ou de alguns magistrados com um espírito mais corporativo.
Os homens não são perfeitos e o exercício de funções políticas ou na Magistratura não os unge, nem os transforma, infelizmente, em seres perfeitos.
De qualquer modo, o relatório da SEDES foi arrasador para a justiça e por muitas desculpas que se dêem, mais do que encontrar culpados importa encontrar soluções.
A confirmar a divulgação do relatório da SEDES, e na voragem de um ciclo eleitoral complicado e que pode causar estragos a alguns partidos, têm sido noticiados diversos casos de polícia que envolvem figuras públicas.
Lamentavelmente, alguns jornais dão a estes temas conotações que são incompreensíveis e que visam desviar a atenção para o que é fundamental.
O que é fundamental é saber porque motivo é que só agora é que estes casos começam a ver a luz do dia e se existe matéria sustentável para condenar, em audiência de julgamento, os arguidos.
A condenação na praça pública de uma pessoa é a mais abjecta perversidade de um tempo mediático em que a justiça só de pode realizar na serenidade do julgamento.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A nossa canga e a nossa desgraça

A violência da crítica de Filomena Mónica a José Sócrates e, implicitamente, a Cavaco Silva e a todos quantos, partindo de uma origem modesta, alcançaram lugares de destaque na sociedade portuguesa, só é comparável ao ataque ao carácter contra a própria Filomena Mónica, desferido por Luís Osório, no RCP, dizendo que, para além de uma carreira universitária, Filomena Mónica apenas realizou de positivo a escrita de livros a contar histórias de amantes.
Tudo isto é triste, tudo isto é fado, tudo isto é a mesquinhez bem portuguesa que Camilo e Eça tão bem retrataram e que é a nossa canga e a nossa desgraça.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

José Saramago versus Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares afirmou que está a pensar ir viver para o Brasil. José Saramago disse que MST poderia ir viver para Marte, pois não faz falta alguma.
Com todos os defeitos que Sousa Tavares possa ter, é um democrata ao contrário de Saramago que, com um passado de censor no Diário de Notícias, é profundamente anti-democrata.
Por isso, porque a sua opção é castelhana, deixe-se ficar lá pela ilha e não se meta onde não é chamado.

sábado, 4 de julho de 2009

Os cornichos, como obra futurista

Joe Berardo, o impoluto responsável pelos vencimentos do BCP, convidou Manuel Pinho para administrador da sua fundação, aquela que recebeu uns milhões do governo de que Manuel Pinho fez parte.
Acredito que Joe Berardo nem pensou nisto e, como admirador de arte, apenas viu no gesto de Pinho, um quadro futurista, de elevado potencial, que merecia ser exposto, pelo menos a sua foto, entre as obras de destaque da Colecção Berardo.
Para que não restem dúvidas e com a ajuda da Wikipédia deixo, aqui, pistas para a compreensão do futurismo: um movimento artístico e literário, que surgiu oficialmente em 20 de Fevereiro de 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, pelo poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. Os adeptos do movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. Os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência. O Futurismo desenvolveu-se em todas as artes e influenciou diversos artistas que depois fundaram outros movimentos modernistas.Uns cornichos, com ar de ataque, dirigidos a um líder partidário, integra-se, indubitavelmente, no conceito Futurista.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um suicídio colectivo e a derrota anunciada

Manuel Pinho suicidou-se e levou com ele o que ainda restava das possibilidades de José Sócrates para evitar uma derrota em Setembro.
Alguns defendem que as eleições, na maior parte das vezes, não se ganham por mérito, mas sim pelo demérito do adversário.
Apesar de discordar desta opção, porque entendo que quem ganha deve merecer e justificar essa vitória, a verdade é que, nestas circunstâncias, os sucessivos erros do governo de José Sócrates tornaram inevitável a mudança de ciclo e abriram o caminho para o regresso ao governo do PSD.
As eleições de Setembro vão ser um desastre para os socialistas e as eleições de Outubro um momento de terror.
O Partido Socialista, nestes próximos três meses, vai descer ao inferno mais rapidamente do que subiu ao céu, porque Sócrates delapidou uma vitória esmagadora, conseguida é certo em circunstâncias muito especiais e com a colaboração do ex – Presidente da República, de alguns interesses económicos e de uma comunicação social ansiosa por derrotar Santana Lopes e o PSD.
Agora, que os media estão fartos de Sócrates, que o PSD ganhou um forte alento com a vitória para as europeias e que, à esquerda, os socialistas estão a esfarrapar o eleitorado, a derrota de Sócrates é o corolário natural das opções de voto dos eleitores da classe média, que foram massacrados por medidas anti-crise sem sentido e sem objectivo.
Manuel Pinho limitou-se a dar corpo a essa derrota anunciada e a pôr a nu o estado de insanidade política que devora o governo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Fim aos gestores do Bloco Central

A “guerra” que se instalou entre o PS e o PSD, tendo como ruído de fundo a intervenção de Henrique Granadeiro, só vem confirmar que o Bloco Central é um imenso pântano, em que, na luta pela sobrevivência, vale tudo.
O sistema político criou “gestores de topo”, nascidos em aviários das franjas partidárias, sem eira, nem beira, sem ideologia e sem convicções, para além dos interesses e das negociatas.
E as consequências estão à vista de todos: erros de gestão e delapidação de dinheiro público.
Talvez fosse tempo de repensar tudo isto, de acabar com este “encosto” de alguns pseudo - empresários e gestores ao Estado e de reduzi-los aquilo que eles valem, o seu voto, porque não têm qualquer projecção junto dos cidadãos.
Na verdade, não passam de parasitas da sociedade, sem qualquer ideia de futuro e com um total desprezo pelos conceitos de cidadania, de fraternidade e de responsabilidade social.