sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Tribunal Constitucional (TC) declarou a inconstitucionalidade da revogação da avaliação do desempenho docente.

O Tribunal Constitucional, com a ajuda do Presidente da República, deu uma tremenda "bofetada de luva branca" em Passos Coelho e na irresponsabilidade que assolou o Grupo Parlamentar na ânsia de captar votos que estavam e estão perdidos.
A irresponsabilidade de um partido que quer ser poder foi tão gritante que nem o Presidente da República pactuou com essa "garotagem" e remeteu a revogação da avaliação dos professores para o Tribunal Constitucional.
A um mês das eleições as derrotas políticas do PSD sucedem-se a um ritmo tão frenético que é difícil imaginar quem consiga fazer pior.

Um desafio à transparência na comunicação social

A comunicação social portuguesa tem especificidades que corroem a sua credibilidade, porquanto falta coragem para assumir posições frontais nas opções políticas editoriais.
Encontramos jornais, e televisões, alinhados com o Partido Socialista e outros alinhados com o Partido Social-Democrata, com versões distintas da mesma factualidade.
O leitor ou espectador mais distraído fica com a sensação que alguém está a mentir. Na verdade, estão, apenas, a defender a opção editorial que tomaram.
Por isso, porque a comunicação social deveria ser transparente, os directores tinham a obrigação de dizer quem é que apoiavam nas eleições legislativas. Ficávamos todos a saber e as notícias seriam lidas nessa perspectiva. 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os aprendizes de feiticeiro a brincar à política, ou como o PSD comprovou que não é confiável.

O grupo de economistas que aconselha Passos Coelho foi traído, de forma inqualificável, por Miguel Relvas e pelo candidato Fernando Nobre.
Face à reacção negativa que mereceram as propostas de redução das reformas para os trabalhadores que beneficiassem de mais tempo de subsídio de desemprego, Miguel Relvas apressou-se a dizer que a proposta não vinculava o PSD e apenas quem a fazia e Nobre a dizer, como se fosse dirigente do partido, que aquilo não passava de uma proposta.
João Duque, e a restante equipa que trabalha para Passos Coelho, fica a saber com o que conta: com gente sem espinha dorsal e que não é minimamente confiável.
O País também confirma o que já sabia, que a maioria dos responsáveis do PSD são aprendizes de feiticeiros a brincar à política.

sábado, 23 de abril de 2011

A entrevista de Mário Soares ao "I" e a manipulação da mesma.

Mário Soares concedeu uma entrevista, interessante, ao "I", a qual deve ser analisada na sua totalidade, desde o facto de ter ficado "estarrecido" com a candidatura de Fernando Nobre pelo PSD, até às considerações que faz sobre Passos Coelho, Sócrates e a necessidade de um entendimento ou a preparação para o Bloco Central, possivelmente uma inevitabilidade após as eleições.
A este propósito - e discordando da ideia que transformou Portugal num pântano - importa, agora, resolver a grave situação em que nos encontramos.
No entanto, a direcção do "I", prestando um mau serviço jornalístico, destaca, na primeira página, os elogios de Mário Soares a Passos Coelho, como se isso pudesse dar mais alguns votos ao PSD.
Até pode ser que sim, mas também pode resultar no contrário, porque os portugueses já não embarcam em manobras de gente habilidosa, mas que mostra o jogo de forma tão descarada.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A voz do dono.

O ex-ministro das Finanças Bagão Félix deu uma série de sugestões para reduzir o défice e melhorar as contas públicas.
Estranho, porque a maioria dos exemplos que ele deu para obter aquele efeito, e passo a citar, já existiam quando ele foi ministro: " A extinção dos governos civis, de institutos, fundações e a redução do número de deputados são algumas das medidas que, na opinião do economista e membro do Conselho de Estado, ajudariam a diminuir a despesa, mas também a dar o exemplo de que o Estado assume a austeridade no seu funcionamento interno.
Bagão Félix deu mesmo o exemplo da extinção de alguns organismos estatais distritais, considerando que o Estado deve reduzir o seu peso. Se hoje por hipótese desaparece-se o Instituto Português da Juventude alguém dava por  isso ?".
Curiosamente, não se lembrou de tais medidas quando exerceu funções governativas e desconheço que tenha tido alguma proposta para acabar com esse desperdício que foi defendido por muitas pessoas. 
Mudam-se os tempos e para agradar a quem o escolheu para Conselheiro de Estado e para se fazer ouvir fora do cometário futeboleiro em que se especializou, vem falar num conjunto de lugares comuns que todos sabemos que têm de ser resolvidos. Apenas ele o descobriu, agora. Tarde e a más horas. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um País de loucos e de criançolas

Um Presidente da República com saldo negativo numa sondagem - pela primeira vez na história da democracia -, um partido que já estava morto para os comentadores políticos à frente do PSD - o partido eleito pelos tais comentadores - , a convicção de que dificilmente haverá uma maioria de centro-direita no Parlamento, são três factos que obrigam a perguntar porque motivo se vão realizar eleições e a quem servem as mesmas?
Eu tenho a convicção de que as eleições se realizam porque o Presidente da República não actuou diligentemente e preferiu defender os seus interesses - ou seja o seu enorme ego - aos interesses dos portugueses; porque Passos Coelho se viu obrigado a provocar eleições para levar para deputados os seus "jotinhas" (uns mais velhos do que outros) e porque os comentadores políticos de tanto insistirem na tese da morte do PS e de Sócrates, queriam comprovar a sua tese.  Agora, caso esta tendência, que só não via quem não queria ver, se mantenha, descalcem a "bota". 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A convulsão social é potenciadora de uma pré-guerra civil.

Em entrevista à Rádio Renascença, Mário Soares alertou para a necessidade de haver "muito bom senso" por parte daqueles que estão a negociar o resgate de Portugal com as instituições internacionais, já que "há o risco de convulsões sociais, como aconteceu no tempo do PREC, se não for tida em conta a coesão social".
Ora aí está confirmado o que venho a alertar há muitos e muitos meses, Portugal está à beira de uma grave convulsão social, enquanto alguns políticos e magistrados andam preocupados com os crimes de colarinho branco - que são controláveis a montante através de mecanismos de transparência fiscal e administrativa - enquanto deixaram evoluir, por cobardia ou por não ser mediático, uma situação potenciadora de uma pré-guerra civil, nas zonas periféricas das grandes cidades, em consequência do desemprego e da evolução de gangues, sem que as autoridades tenham controlo dessas situações.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Que faria Paulo Portas, director do Independente da notícia que diz que Paulo Portas, ministro da defesa, aceitou pagar a mais pelos submarinos, trinta milhões?

A notícia: "Paulo Portas aceitou pagar a mais, pelos submarinos, trinta milhões". A pergunta: que faria Paulo Portas, director do Independente, com esta notícia? A resposta: acusaria Paulo Portas de ser suspeito de ter recebido luvas naquele valor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Mundo está, mesmo, perigoso

A extrema-direita avança, desta vez na Finlândia. Otelo Saraiva de Carvalho diz que chegou a hora da democracia directa. O processo eleitoral português avança como se Portugal vivesse no famoso "paraíso de Braga de Macedo". A inconsciência tomou todos de assalto. Vamos ver como é que isto vai acabar. Bem, quase de certeza, não será.

domingo, 17 de abril de 2011

O que é verdade hoje é mentira amanhã

Paulo Portas declarou que dificilmente o CDS apoiaria o candidato a deputado Fernando Nobre para a Presidência da Assembleia da República, face à entrevista que ele concedeu ao Expresso - uma entrevista anti-democrática e anti-cidadania, como escrevi ontem.
Esta foi a verdade de ontem, que será a mentira de amanhã se, por mera hipótese académica, o PSD e o CDS, em conjunto, obtivessem a maioria. Porque nestas circunstâncias, Paulo Portas trocaria a verdade de ontem por lugares no governo.
Porém, a sensação que se fica das declarações de Portas é a de que ele sente que Passos Coelho não vai a lado algum e já está a abrir pontes para outros caminhos. E nesse caminho de pedras não cabe o apoio a Fernando Nobre, mas poderá caber um governo com o Partido Socialista. 

sábado, 16 de abril de 2011

SE...

Se Passos Coelho tivesse sentido de Estado, se fosse um político com capacidade para um golpe de asa, se não estivesse rodeado de incapazes, de "meninos"  a brincar à política, se reunisse todos estes atributos, acabaria, de imediato, com a candidatura de Fernando Nobre a deputado.
Tudo porque a entrevista que o médico concedeu ao Expresso é a negação da política, da cidadania e do respeito pelos eleitores. Não passa de um desconchavado discurso, repleto de lugares comuns e de um deslumbramento bacoco e anti-democrático.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Passos Coelho começa a ver o poder a fugir e a sentir que o seu tempo pode ter acabado antes de ter começado

Ontem, de forma cruel, Pacheco Pereira trucidou Passos Coelho e os seus "jovens assessores", sem dó, nem piedade.
Como se isto não fosse suficiente, Marques Mendes avisou que o caminho está errado e que é preciso mudar, num tempo sem tempo para o fazer.
Pelo meio, Passos Coelho anuncia a lista de cabeças de lista às legislativas, com uma mistura entre independentes e figuras do seu núcleo duro, como se fosse uma renovação.
De Bruxelas, Paulo Rangel - fazendo coro com Marques Mendes - critica a escolha de Fernando Nobre para cabeça de lista por Lisboa e a posição antidemocrática deste, ao afirmar que se não fosse eleito Presidente da Assembleia da República, renunciaria ao mandato.
Em simultâneo, tomou-se conhecimento que, afinal, o líder do PSD esteve reunido com Sócrates antes da apresentação do PEC IV, tendo mentido aos portugueses.
Por fim, consta que existe uma sondagem que dá uma ligeira vantagem ao PSD - 3% - sobre o PS, o que significa que aqueles que já distribuíram os cargos e já se vêem ministros começam a temer pelo lugar.
A cinquenta e quatro dias das eleições, Passos Coelho começa a ver o poder a fugir e a sentir que o seu tempo pode ter acabado antes de ter começado. E só pode agradecer aos seus "amigos".

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A candidatura da vergonha

A candidatura de Fernando Nobre a deputado pelo PSD, com a promessa de ser o eventual Presidente da Assembelia da República, caso aquele partido vença as eleições, constitui a descida ao grau zero da política. Com clareza digo que esta é uma candidatura da vergonha, contra a cidadania e contra a democracia. Uma candidatura de oportunismo, do mais vil oportunismo que mancha a tradição social-democrata.
Fernando Nobre não merece ser Presidente da Assembleia da República e Passos Coelho não merece ser primeiro-ministro.

domingo, 10 de abril de 2011

O cinema vai ficando mais pobre

O realizador norte-americano Sidney Lumet, autor de filmes como "Serpico" e "Um Dia de Cão", morreu hoje aos 86 anos em Nova Iorque. Quase todos os meses, nestes dois últimos anos, têm falecido grandes nomes do cinema e da cultura.. A cultura e a arte vão perdendo as suas referências, sem que se encontrem substitutos à altura, porque grande parte dos nomes que surgem no mundo do cinema e das artes não passam de fenómenos de "blockbusters". 

sábado, 9 de abril de 2011

Cameron, as férias, a redução da despesa militar, a destruição do sistema de saúde e Portugal.

"Em tempos de crise, David Cameron dá o exemplo de que é possível fazer férias baratas. O primeiro-ministro britânico viajou até Granada, Espanha, numa companhia aérea low cost e encontra-se alojado num hotel de três estrelas". Não sendo um admirador do primeiro-ministro britânico, nem da coligação conservadora que está no poder, devo reconhecer duas coisas: a primeira, mesmo que demagógica, é a de que Cameron dá um sinal de que a crise existe mesmo. A segunda tem a ver com a decisão do governo britânico de reduzir em 2600 homens as forças armadas inglesas. Infelizmente, também quer acabar com o sistema de saúde, mas isso parece ser típico dos governos de direita.
No que poderia dizer respeito a Portugal, a redução da despesa com as forças armadas, constitui um exemplo que, infelizmente, ninguém tem coragem de assumir. Mesmo para um País que não precisa de submarinos, nem de tantos efectivos

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Banca e o esforço de recuperação do nosso País

Fernando Ulrich defende que todos devem de participar no esforço para a recuperação das finanças e da economia portuguesa. Diz mesmo "Temos que começar por envolver os que têm uma posição mais forte e, portanto penso que uma das medidas que equacionaria seria a aplicação de uma sobretaxa às empresas que tiveram lucros superiores a 5 ou 10 milhões de euros".
Concordo inteiramente, desde que a Banca pagasse, pelo menos, a mesma taxa de IRC dessas empresas e que reduzisse o spread para as pequenas e médias empresas, permitindo a sua recuperação. É certo que os lucros da Banca diminuiriam, mas essa seria a forma de todos participarem no esforço de recuperação do nosso País.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Viva a Festa.

Ontem Ricardo Salgado, pressentindo que um novo poder está para chegar, descolou do governo e juntou a sua voz à de Santos Ferreira, para dizer que vai deixar de financiar o Estado e que é imperioso pedir ajuda externa, imediatamente.
Hoje, o BES é o título que mais pressiona a Bolsa Portuguesa, com uma desvalorização de 3,38% para os 2,801 euros.
Não sei se uma coisa tem a ver com a outra, uma vez que não sou economista, mas acredito que tudo tem a ver com tudo e, enquanto se andar a brincar à política, a fingir que somos um País com futuro estamos mal. E nem a ajuda externa nos vai valer se tudo continuar na mesma.
Nota Final: As viagens para as férias da Páscoa estão esgotadas, o incumprimento nos pagamentos aumenta, os bancos vão colocar no mercado casas penhoradas. Viva a festa.