Talvez seja do calor, da cama de ozono ou simplesmente da falta de paciência, mas começo a estar farto de Vasco Pulido Valente, dos seus ódios de estimação e da sua soberba intelectual, misturada com alguns tónicos de má qualidade.
Comparativamente com António Barreto ou Medina Carreira, o homem é um zero completo, que se limita dizer mal de tudo e de todos, ou bem, consoante o dia e a disposição com que acorda.
Pulido Valente, um péssimo secretário de estado da Cultura e um inexistente deputado do PSD, não passa disso, de um nada, que a intelectualidade criou virtualmente e que não possui uma ideia ou um conceito para Portugal.
António Barreto e Medina Carreira, para não falar em outros, criticam, mas apresentam alternativas, ideias, soluções para o nosso País, que se afunda cada vez mais na mão de gente sem qualidade.
Até Joe Berardo, o comendador, tem uma ideia para Portugal, "privatização de tudo e recomeço". Podemos discordar mas é uma ideia, corajosa e frontal. O que Vasco Pulido Valente não é, nem nunca será, frontal e corajoso, porque se esconde atrás da sua soberba inqualificável.
Querem mesmo encontrar soluções para o País, para combater a crise e mudar Portugal? Então reforme-se a estrutura administrativa do Estado, reduza-se o número de deputados, o número de municípios e de freguesias, mude-se a lei eleitoral para as autarquias, com a redução do número de vereadores e de membros das Assembleias Municipais, das quais não devem fazer parte os presidentes de junta.
Inicie-se o Orçamento Zero, com todas as suas consequências, nomeadamente a de obrigar os serviços do Estado a trabalhar e a estudar os seus objectivos.
Mude-se a administração fiscal, por forma a que deixe de ser uma instituição tipo "cobrador do fraque", mas uma entidade séria, credível, que cobra impostos, mas não procura o engano para os cobrar.
Repense-se que País queremos ser. Objective-se os investimentos públicos, de forma racional, sem derrapagens e com responsabilização dos autores dos projectos e da fiscalização.
Mude-se a Justiça, sem cedências a interesses corporativos, acabe-se com as adjudicações directas aos grandes escritórios de advocacia, cuja promiscuidade com o poder político é verdadeiramente "mafiosa" (veja-se como foi montada a operação Telefónica). Até porque o Ministério Público deveria assegurar a representação do Estado, em todas as circunstâncias. Seria mais barato e mais confiável.
Opte-se por soluções simples para a realização da Justiça, sem perda das garantias constitucionais. Porque, ao contrário do que dizem alguns procuradores e os políticos de direita e de extrema-direita, é possível fazer Justiça, sem perder os direitos e as garantias constitucionais.
Tudo isto é difícil? É sim, mas se fosse fácil não tinha piada. O pior é que quem pode mudar o País são aqueles que se instalaram no poder e o sugam despudoradamente. No entanto, talvez devam começar a pensar que os cidadãos estão fartos de os aturar e que, um dia destes, a bem ou mal tudo muda.