domingo, 4 de setembro de 2011

De derrota em derrota até à derrota final, o destino, inevitável, da arrogância na política.


Merkel sofreu mais uma derrota em eleições regionais, o que vem comprovar que caminha para a queda. Esta derrota pode ser boa ou má para a Europa, dependendo da posição que os SPD venha a tomar quanto à crise financeira e económica da Europa, ao posicionamento da Alemanha e ao seu contributo para o fim da União Eurpeia ou para um novo paradigma europeu. Voltando a Merkel, a “Chanceler” teve o que merecia e o que merecia era ser amplamente derrotada. As posições da Alemanha contribuiram, a par dos erros dos países relapsos, para a situação a que se chegou. A soberba alemã, o casulo em que se meteu o governo alemão, pensando que a crise financeira não atingia a Alemanha, atrasou as medidas para combater o descalabro financeiro e agravou a situação global da Europa.  Merkel foi arrogante, tentou humilhar os países periféricos e esqueceu-se que a Alemanha vive, principalmente, do comércio com a Europa e que o sonho do “império hitleriano” com uma forte economia na Europa Central e do antigo Leste, ainda não é possível.
A seguir à derrota de Merkel é fundamental derrotar Sarkozy, outro dos responsáveis pela crise, que colocou a sua ex-ministra das finanças no FMI, para fazer o seu jogo, como se comprova pela entrevista que esta deu ao Der Spigel.
Para estes dois políticos vale tudo, desde destruir a economia a lançar o caos social, se esses actos contribuirem para que eles se possam manter no poder.
Infelizmente, a Europa está repleta deste novo tipo de político, que além de ser incompetente, é mal formado, sem capacidade para se aperceber da evolução social e das mudanças que se aproximam. Os políticos que dirigem a Europa não revelam capacidade para ver a luz, a justiça social e as profundas alterações que se avizinham. Quando acordarem já será tarde.