quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Clint Eastwood

(in jornal Público)


Durante anos, Clint Eastwood foi execrado pela crítica cinematográfica, que o acusava de ser um símbolo da face negra do cinema - os tempos dos "western spaghetti" realizados por Sergio Leone, também ele arrasado pela crítica, e votado ao ostracismo por uma intelectualidade serôdia e inconsequente.
Agora, esses mesmos intelectuais rendem-se a Eastwood e a Leone, bajulando tudo o que eles fazem.
Só os burros não mudam, claro, mas neste particular da crítica cinematográfica e da crítica artística, em geral, o mais grave é que muitas das vezes eles nem sabem do falam, ou criticam em função de se estar na moda ou de se pertencer a um determinado grupo de pressão.
Eastwood teve, desde sempre, a força e a qualidade que só está ao alcance de um actor excepcional.
Sergio Leone já possuía, quando realizou "O Bom, o Mau e o Vilão" ou "Por um Punhado de Dólares", a força e o encanto que transportou para "Era uma vez na América".
Em "Imperdoável", Eastwood provou, também, ser um realizador de excepção.
Ainda bem que ele não ligou aos críticos que o arrasaram. Porque Clint Eastwood ficará na história do cinema e os críticos num qualquer roda-pé de um qualquer jornal.

Infracções Rodoviárias

O Parlamento Europeu pronunciou-se, em primeira leitura, sobre uma proposta de directiva que tem por objectivo facilitar a execução das sanções contra os automobilistas que tenham cometido uma infracção por excesso de velocidade, condução em estado de embriaguez, não utilização do cinto de segurança ou desrespeito de um sinal luminoso vermelho num Estado-Membro do qual não são residentes.
A vida começa a ficar difícil para os tradicionais "habilidosos" que se julgam a salvo por cometer as infracções rodoviárias em países onde não são residentes.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A Querela Inútil

O Estatuto da Região Autónoma dos Açores gerou uma querela institucional inútil e perigosa.
Todos os partidos sabiam que o diploma enfermava de inconstitucionalidades claras e inequívocas. E, mesmo assim, votaram-no, inicialmente, por unanimidade.
O Presidente da República sabia das inconstitucionalidades que agora aponta ao diploma e, aquando da sua remessa para o Tribunal Constitucional, não as questionou para que o Tribunal Constitucional se pronunciasse sobre as mesmas.
Ao actuar desta forma quis politizar a questão, reafirmando os seus princípios e lembrando que não cede, não abdica, não transige.
O Partido Socialista, mais do que agradar a Carlos César, quis avaliar até onde poderia esticar a corda na relação com o Presidente da República, na entrada de um ano eleitoral decisivo para a continuidade do exercício do poder.
O Partido Social-Democrata agiu por omissão, compensando com a intenção do pedido de fiscalização da constitucionalidade do diploma nos termos do artigo 281º da CRP, a qual, pode ter, como estou convencido que terá, a consequência da declaração de inconstitucionalidade das normas em questão, mas cuja eficácia política será nula.
O presidente do Governo Regional da Madeira talvez tenha razão, ao afirmar que Cavaco Silva «deu demasiada importância» à questão da revisão do Estatuto dos Açores, assunto que serviu para desviar atenções da governação socialista.
Confesso que esperava, eu e a generalidade dos comentadores, que o Presidente da República, face ao teor da sua declaração, dissolvesse a Assembleia da República ou, em alternativa, renunciasse ao mandato.
Com esta opção, o Presidente da República fica refém da dureza das suas palavras, pelo que não pode contemporizar com outras situações relevantes, que coloquem em causa a qualidade da nossa democracia, os princípios fundamentais da CRP e a cidadania.
Neste crescendo de conflitualidade que se irá instalar, a quem é que servirá essa conflitualidade?
Por tudo isto, o Presidente da República arrisca-se a perder o confronto, caso os portugueses o vejam como uma força de bloqueio, num tempo de crise e de incerteza.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Distracção Fatal

Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República, admite uma «explosão de violência» durante o ano que se aproxima, devido à conjugação dos dois fenómenos que mais o preocupam: o desemprego e a exclusão social.
Segundo declarou à Rádio Renascença, «A criminalidade violenta, que é aquela que pode atingir qualquer cidadão indistintamente, está a aumentar no mundo e também vai aumentar em Portugal».
Que grande descoberta!
Só lamento que o PGR, o Ministro da Justiça, a Policia Judiciária e os Serviços de Informações, entretidos com outras bagatelas, mais mediáticas, não tenham dado pela implosão social que está iminente.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Lisboa

(foto cedida por um leitor)

E ao ver-te Lisboa, Lisboa,
Perder, o Bairro da Madragoa
Ruas e Vielas,Musgo nos telhado
Velhos à janela,
Lembram tempos passados
Polo Norte "Lisboa"

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Conduza com cuidado

Nesta época de mini-férias, e porque os acidentes continuam a acontecer, é útil lembrar que foi publicada a Portaria n.º 1463/2008, do Ministério da Administração Interna, que "Determina que as polícias municipais e as empresas municipais que exercem a actividade autuante e de fiscalização do Código da Estrada e legislação complementar, bem como dos regulamentos e posturas municipais de trânsito, utilizem, sempre que possível, no âmbito do exercício das suas competências, terminais electrónicos de pagamento, associados a sistemas de informação, para a cobrança das coimas resultantes da respectiva actividade".
Prevenir é meio caminho para evitar o acidente mas, infelizmente, para alguns, a repressão é a outra metade.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

VALE A PENA

Vale a pena interiorizar a pintura de Carlos Dugos, "VIEIRA O VERBO E A LUZ", para as comemorações do ano vieirino, quando passam quatrocentos anos sobre o nascimento do Padre António Vieira, ano de evocação da vida e da obra de uma figura ímpar da Cultura Portuguesa e Brasileira, ano de celebração de um homem de todos os tempos.




O Naufrágio


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A gestão das oportunidades

Pedro Passos Coelho está a ser pressionado para precipitar o confronto directo com Manuela Ferreira Leite. Candidato à liderança do PSD, admite a urgência de uma clarificação, mas defende continuidade da líder durante o próximo ciclo eleitoral
(in Jornal de Notícias)
O racionalismo, levado às últimas consequências, pode ter resultados nefastos, uma vez que não controlamos todas as premissas, nem as reacções emocionais que condicionam o momento da opção final do eleitorado.
Esperar para ver, neste caso concreto, pode ter dois desfechos: perder a oportunidade de alcançar a liderança do PSD, caso Manuela Ferreira Leite obtenha um bom resultado eleitoral, - cenário que não pode ser liminarmente afastado - ou, caso tal não aconteça – cenário também equacionável -, ganhar um partido em cinzas. E, nas cinzas é muito difícil plantar a floresta.
A gestão das oportunidades é fundamental para a conquista do poder. Mas tem de se saber qual o momento exacto para actuar. É esta a diferença entre um Homem de Estado e um político.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

VALE A PENA



Vale a pena ouvir Daniel Sampaio, todas as manhãs De segunda a sexta-feira, pelas 9.28 horas no RCP.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Hipocrisia

O escândalo Madoff é um dos múltiplos escândalos que abalaram o sistema financeiro e a economia virtual que se construiu em seu redor.
A forma de actuar deste especulador é idêntica à dos respeitáveis banqueiros da nossa e de outras praças, com o conluio dos governos e a mão invisível dos especuladores do costume e dos especuladores das economias emergentes, em que a liquidez abunda e não sabem o que fazer dela.
Em nenhuma destas actividades se encontra qualquer contributo para o desenvolvimento de uma economia sustentável, apesar dessa “bolha” alimentar o consumo e, eventualmente, um aumento pontual da produção.
Mas é tudo artificial, porque mais dia, menos dia a ruptura seria inevitável, como se comprovou, à pequena escala portuguesa, pela D. Branca que, comparativamente com estes indivíduos, era uma pessoa séria.
Hipocritamente, esquecemos os decisores políticos, que fingiram que não viam, ou então são mesmo muito incompetentes e os próprios investidores que foram tão gulosos que compraram “galinha gorda por pouco dinheiro” como diz o povo português.
Os investidores também não estão inocentes, porque quiseram ganhar muito em pouco tempo.
A crise deveria servir para tirar algumas lições, mas parece que ninguém quer aprender. Os governos continuam desorientados e sem capacidade de resposta à crise social que vai explodir, os especuladores continuam a querer ganhar dinheiro à custa da crise, os analistas fingem que percebem da coisa e alimentam a depressão, porque cada um quer ser mais assertivo do que os outros.
Na verdade, e sem pretender ser pessimista, a Europa e os Estados Unidos arriscam uma implosão social que ultrapassa em muito a recessão, uma vez que colocará em crise a democracia e as liberdades.
De resto, já em Fevereiro deste ano a SEDES alertava que "sente-se em Portugal "um mal-estar difuso", que "alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional". Este mal-estar e a "degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento". E se essa espiral descendente continuar, "emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever".
A ver vamos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O que mudou?



Trinta e poucos anos depois mudam-se algumas personagens, mas os cenários pouco mudam.
Afinal o Mundo, pelo menos em Portugal, contrariamente ao que pensava Camões, não é feito de mudança.

Um facto novo e duas questões pertinentes(para mais tarde recordar)

De um artigo publicado no dia 28 de Maio de 2008 em "O Primeiro de Janeiro"



...Não sendo certo que José Sócrates ganhe as eleições por maioria absoluta ou mesmo por maioria, poderemos ter um parlamento fragmentado, em que o partido vencedor se veja impossibilitado de formar governo se não tiver capacidade de fazer alianças. E, pelo caminho que as coisas estão a seguir, tudo aponta para que as alianças se façam à esquerda ou com a participação de partidos ou coligações de esquerda.
Esta possibilidade não deixa de ser curiosa, uma vez que Portugal, mais uma vez, em contra-ciclo com a Europa, vira à esquerda.
A este propósito, a anunciada participação de Manuel Alegre numa iniciativa do Bloco de Esquerda, conjuntamente com os “renovadores comunistas” e os “socialistas históricos”, pode ser um balão de ensaio para outro estádio de intervenção na acção política, nomeadamente através da criação de uma ampla frente de esquerda para disputar as eleições de 2009 e abrir caminho a uma recandidatura de Manuel Alegre à Presidência da República.
São, inquestionavelmente, cenários, mas a vida é feita de movimento e é esse movimento que impulsiona o vento que ajuda a abrir as janelas de oportunidade que mudam a história e o pensamento estratificado e cinzento que se acomoda ao “statu quo”.
A ver vamos o que vai acontecer, mas depois não digam que os não avisei em tempo...
Vitor Fonseca
in PRIMEIRO DE JANEIRO

domingo, 14 de dezembro de 2008

A queda de um anjo ou o ruir de um castelo




Pacheco Pereira afirmou, com alguma lógica, que o PSD ameaça "ruir como um baralho de cartas". Esta constatação é fortemente assertiva.
Mas, e a este propósito, tenho de relembrar que ele recupera uma tese que eu defendi, no âmbito de um grupo de reflexão sobre o futuro do PSD, e da qual lhe dei conhecimento, quando, ainda antes da eleição de Manuela Ferreira Leite, questionei se o PSD, neste formato e neste contexto teria sentido.
O tempo, porque o tempo tem esta coisa terrível de ter sempre razão, aponta para um fim trágico do PSD, a não ser que os seus responsáveis pensem na política com o objectivo de ganhar eleições, mas sabendo o que fazer com essas vitórias.
O cimento que tem sustentado o PSD como partido de poder está a esboroar-se e caso isso aconteça não haverá retorno.
Se o PSD descer dos setenta deputados nas próximas eleições legislativas e não ganhar a Câmara de Lisboa, só um milagre poderá recuperar os sociais-democratas.
Até porque, por muito que os tradicionais comentadores do regime neguem a evidência, o futuro passa pela profunda reformulação dos partidos e do sistema partidário, ou os movimentos de cidadãos e os movimentos alternativos ocuparão o espaço dos partidos.
O PCP, apesar de todo o seu anquilosamento, já se apercebeu desta nova realidade.
Os outros continuam a fingir que o Mundo não mudou e que a Terra não se mexe.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Por onde vai a corda partir?



O Presidente da República enviou para o Tribunal Constitucional o diploma de revisão do Código do Trabalho, requerendo a fiscalização preventiva da norma que alarga para 180 dias a duração do período experimental da generalidade dos trabalhadores.
De acordo com uma nota divulgada no site da Presidência da República, a norma "suscita particulares dúvidas, no caso do trabalho indiferenciado, quanto à sua conformidade com a exigência de proporcionalidade das leis restritivas de direitos, liberdades e garantias".
O Governo abriu uma frente de batalha com Cavaco Silva e agora está a colher as consequências.
Como diz o povo português "quem semeia ventos colhe tempestades" e José Sócrates está acolher o que tem andado a semear.
Cavaco Silva não se demite do exercício das suas funções, nem se deixa condicionar, mesmo que o queiram fazer por interpostos motivos.
A um ano das eleições, e mesmo com o PSD no estado em que se encontra, com a esquerda a subir e a contestação na rua e nos mais diversos sectores da sociedade, o Primeiro-Ministro vai ter de repensar a sua estratégia, a não ser que queira esticar a corda até ao limite, a coberto da crise económica e financeira.
Resta saber se este "chapéu de chuva", que deu vida a alguns políticos já "arrumados", é suficiente para impedir que o Governo e o PS se molhem.




My Way

Francis Albert Sinatra faria hoje 93 anos. As eventuais ligações à Mafia, não impediram que tivesse marcado uma época e imposto um estilo. Sem ser uma grande voz, tinha um "swing" inimitável.
Parabéns e obrigado pelos bons momentos que nos proporcionou.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Haja Paciência


Em 6 de Outubro, escrevi "Os preços do crude podem descer até aos 50 dólares por barril no próximo ano, cerca de metade dos preços actuais, no cenário de uma recessão global, pressionando as cotações das acções dos produtores de ouro negro. Ainda há pouco tempo uns magos da coisa diziam que o petróleo poderia chegar aos 150 dólares. Na altura lembrei, desculpem a imodéstia, que a corda não poderia continuar a esticar e que haveria o risco de partir. Parece que está quase a partir e os especuladores, de mão dada com os produtores, começam a temer ficar a beber petróleo e a comer notas verdes para o resto dos seus dias. Outra possibilidade seria a de se voltar à velha receita de uma guerra mundial para repor os equilíbrios e renovar o crescimento económico. Escolham e sejam felizes".
Agora, depois dos episódios de violência na Grécia, João Tallone veio dizer que teme "que o que se passa na Grécia alastre ao resto da Europa". Ora que grande descoberta. Mas ninguém quer ver que, a continuar este crescendo de desemprego e de crise económica e social, as consequências serão incontroláveis. Haja paciência para aturar esta gente que navega ao sabor do momento e dos seus interesses.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Manoel de Oliveira

O realizador Manoel de Oliveira, que amanhã completa 100 anos de vida, vai ser homenageado em Janeiro nos Estados Unidos pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, pelo «extraordinário contributo para o cinema».
Quer se goste ou não dos filmes de Manoel de Oliveira, a verdade é que ele é uma das referências culturais do nosso País.
De um País que empobreceu culturalmente e que continua a delapidar uma das maiores riquezas dos homens que é a educação e cultura.
De um País que destruiu o ensino, privilegiou o facilistismo e promoveu a ignorância. Infelizmente não estamos sós nesta voragem da "incultura". A Europa, como dizia Mário Soares, está connosco.

God Save the Queen

Londres ao Entardecer
(Foto cedida por L. Salmonete)
Nada fica sempre igual e nada existe realmente!
(Dalai Lama)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Why Don't You Get A Job?(The Offspring)


O governador do Illinois, Rod Blagojevich, e o seu chefe de gabinete, John Harris, foram presos por acusações de fraude e corrupção, após terem tentado vender o lugar deixado vago pelo presidente-eleito, Barack Obama, no Senado norte-americano .
Blagojevich e Harris foram acusados de conspiração, fraude e suborno. Os promotores públicos acusaram-nos, entre outras coisas, de obter benefícios financeiros com a escolha do substituto de Obama no Senado. Por cá ainda não fomos tão longe.

Friday Im In Love(The Cure)


Já foi tudo dito quanto à sexta-feira "casual" que muitos deputados gozaram na passada semana, situação que não é nova, mas sim reiterada em quase todas as sextas-feiras, como se lê, hoje,no Diário de Notícias.
Mário Bettencourt Resendes, na TSF, escalpelizou, e bem, algumas das causas deste problema. Apesar disso, importa clarificar algumas questões que são pertinentes.
Em primeiro lugar, o facto de em 230 deputados apenas 48 serem eleitos por Lisboa.
Em segundo lugar, a desresponsabilização dos deputados perante os eleitores, uma vez que são os directórios partidários que os escolhem, por força da nossa legislação eleitoral, o que impede os eleitores de riscarem nomes.
Em terceiro lugar, a alteração qualitativa dos deputados, em consequência de uma profunda mutação da sociedade portuguesa, com a auto-exclusão de muitos quadros de qualidade que não estão para se dedicar à vida política.
Determinadas algumas das causas, importa apontar soluções: alteração da lei eleitoral com a introdução de círculos uninominais e de um círculo nacional, para manter o princípio da proporcionalidade estabelecido na C.R.P., alteração do Estatuto dos Deputados, redução do número de deputados, maior rigor nas faltas e nos pedidos de suspensão do mandato.
Poder-se-ia ir mais longe, nomeadamente no campo da actividade político-partidária, no regime das incompatibilidades, na transparência, na declaração de interesses, mas tudo isto decorre de um processo de mudança que se constrói, desestruturando o modelo existente.
As coisas não mudam apenas porque Paulo Rangel agendou uma reunião do Grupo Parlamentar para analisar esta situação, porque as razões profundas são endógenas ao sistema.
O que está em causa é o sistema. E, tal como se protegeu o BPP para evitar um risco sistémico, talvez fosse bom que os partidos começassem a pensar em corrigir os riscos sistémicos que colocam em perigo a democracia e as instituições.
A este propósito,convém ler o que escreveu António José Seguro no seu blogue. Para todos lerem e reflectirem.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Riders On the Storm (The Doors)


Num tempo de tormenta a tempestade colhe os incautos, sem apelo nem agravo. Arrastados num turbilhão de interesses, pensamos através dos outros, que nos condicionam e encaminham para o epicentro da fúria dos ventos.
A manipulação comunicacional evita que se questione, se interrogue e se coloque em crise uma sociedade em derrocada. A censura e a violação dos princípios da cidadania entranha-se e corrói tudo.
O Mundo está perigoso, como visionáriamente escrevia Vitor Cunha Rego e cabe-nos a nós combater "os novos senhores do crime".
Com frontalidade, sem vergar e com dignidade.