Se o "desenvolvimento é o novo nome da Paz", o controlo das finanças públicas é o novo nome da "invasão dos países por uma força estrangeira".
Berlim e a Sra.
Merkel querem jogar um novo jogo, no âmbito de uma estratégia de ocupação que, em vez de ser militar, se traduz numa dominação sem derramamento de sangue, mas
humilhante e castradora da liberdade dos cidadãos.
Aquilo que se via em filme - uma corporação a mandar
no Mundo - ameaça transformar-se numa triste realidade, com um CEO - Merkel - a
mandar nos seus empregados - os europeus.
“A
guerra é uma continuação da política por outros meios”. A antítese dessa
ideia é a visão de que a guerra é puramente um duelo entre duas vontades – uma
“luta-livre”, para uma analogia mais apropriada. Ao analisar ambas as ideias,
chega-se a síntese que constitui um dos principais pontos da abordagem de
Clausewitz: a guerra nunca é ilimitada, sendo sempre restrita por objectivos
políticos e outros.
Segundo Clausewitz o objectivo de
uma guerra é o de desarmar o oponente,
ou seja, destruir efectivamente a capacidade do oponente de guerrear.
Se – para alguns - a teoria de Clausewitz se tornou
ultrapassada com o início da Guerra Fria, a verdade é que a actual
circunstância da Europa, obriga a reanalisar a teoria Clausewitz e os seus
conceitos estratégicos, os quais estão a ser seguido pela Sra. Merkel nesta “invasão
silenciosa” da Europa.
As superpotências da segunda metade do século XX
atingiram aquilo que é o objectivo supremo de um Estado clausewitziano: destruir
uma imagem especular de si mesmo. Com o advento das armas nucleares, elevava-se
o preço de uma guerra de tal modo que apenas formas limitadas de combate seriam
possíveis sem a destruição do mundo.
Porém, com a crise financeira, os detentores do poder
económico-financeiro, possuem uma nova “bomba atómica” que, sem danos
colaterais, atinge os mesmos efeitos, a dominação dos outros países, sem a sua
destruição.
É este o caminho seguido pela Sra. Merkel, de forma
racional, fria e objectiva, com a conivência, mais uma vez, tal como na II
Guerra Mundial, de um “general” francês.