quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Esticar a corda por vezes pode dar mau resultado e é nestes momentos que se vê a diferença entre um Estadista e um politíco de vão de escada

A Senhora Merkel tem vindo, por causas internas - desde a incapacidade de integração da Alemanha de Leste, que foi um falhanço, até à incompreensível arrogância quando rebentou a crise financeira, passando pela provocação da quase implosão da Grécia - a cometer erros sobre erros, disfarçados de uma pseudo postura de Estadista, que não possui, por muito que alguns dos seus admiradores se esforcem por lhe atribuir.
Na verdade, a Alemanha, da Senhora Merkel, tem uma visão distorcida da Europa Comunitária e quer, porque pensa sobreviver se isso acontecer, acabar com a Europa e virar-se para o Leste.
Este é um erro fatal, para a Alemanha e para a Europa, nomeadamente se Sarkozy, na perspectiva de perder as eleições, alinhar com esta política.
A libertação de pulsões xenófobas, como forma de reforçar a coesão interna, é redutora e contém um elevado grau de improbalidade vencedora, num mundo em que as interdependências são de tal forma fortes, que só uma solução radical - um conflito armado à escala mundial - poderia alterar.
Talvez por isso, agora, a Senhora Merkel, percebendo - espera-se que não seja tarde - que a implosão da Irlanda, da Espanha, de Portugal, da Grécia e da Itália iria estoirar com o sistema financeiro alemão, vem tentar remediar as coisas, dizendo que a Zona Euro não está em perigo.