sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Exercício de vudu

Ontem, num dos canais informativos, a directora-adjunta do Jornal de Negócios, Helena Garrido, fez um cerimonial "vudu" prevendo ou admitindo o fim do euro.
Tal como todos os "impostores" que, anualmente, por esta época, lançam as suas previsões para o ano seguinte, Helena Garrido, que tem elevadas responsabilidades porque, além do mais, o jornal em causa é propriedade de um grupo económico com grandes interesses na Europa, simulou uma cerimónia "vudu". As referidas cerimónias são realizadas no período nocturno, fazendo parte do ritual bebidas de rum, frutas e jarros de sangue, cadaveres, crânios, enfim, uma panóplia de coisas interessantes. As bebidas e comidas são oferecidas aos loas, para invocar as entidades "vudu". No intuito de alegrar essas entidades, os voduístas oferecem também sacrifícios de aves, porcos, galinhas, bodes e afins. É interessante que os indivíduos não possuem consciência daquilo que fazem e, consequentemente, não se lembram de nada após o término do ritual.
Helena Garrido, tal como uns centenas de pessoas no Mundo, deu como hipótese o fim do Euro, como se fosse a descoberta de uma nova era.
Talvez acerte ou talvez não. Mas uma coisa é segura, se as consequências económicas se agravarem, com euro ou sem euro, a jornalista não pense que escapa pelo meio da "chuva tóxica". Lembre-se dos despedimentos que já se iniciaram em outros meios da comunicação social e pense que a crise pode bater-lhe à porta. Se isso acontecer, escusa de recorrer ao "vudu", porque isso não lhe vai valer de nada.
A não ser que já tenha um lugar assegurado no próximo governo, se o PSD ganhar as eleições. Nesse caso poderá continuar com o cerimonial.