quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Passos Coelho abriu uma porta, Portas quer escancará-la!

A exigência de Paulo Portas para uma aliança pré-eleitoral com o PSD resulta de um erro estratégico de Passos Coelho que reafirmou, vezes demais, que faria uma coligação governamental com o CDS, mesmo se obtivesse uma maioria parlamentar.
Paulo Portas já percebeu que o peso do CDS pode ficar reduzido em consequência do voto útil no PSD e, antes que seja tarde, avança com esta proposta para delimitar os campos e reduzir os prejuízos.
Passos Coelho já deveria saber que Portas não confiável e não possui um carácter recomendável para parceiro de coligação.
A coisa funcionou mais ou menos com Barroso, mas a história se encarregará de explicar as reais razões para que tal tivesse acontecido. Porém, se Barroso não tivesse ido para Bruxelas, talvez o final fosse menos feliz.
O PSD está sequioso, e ansioso, por ir para o poder e tudo fará para que se instale uma crise política de graves consequências, sem parar para pensar que, caso ganhe as eleições – o que não pode ser dado como adquirido – será o novo governo a ter de resolver esses problemas.
No meio de tudo isto está o País e os portugueses que acabarão, sempre, por pagar a crise.