sexta-feira, 15 de abril de 2011

Passos Coelho começa a ver o poder a fugir e a sentir que o seu tempo pode ter acabado antes de ter começado

Ontem, de forma cruel, Pacheco Pereira trucidou Passos Coelho e os seus "jovens assessores", sem dó, nem piedade.
Como se isto não fosse suficiente, Marques Mendes avisou que o caminho está errado e que é preciso mudar, num tempo sem tempo para o fazer.
Pelo meio, Passos Coelho anuncia a lista de cabeças de lista às legislativas, com uma mistura entre independentes e figuras do seu núcleo duro, como se fosse uma renovação.
De Bruxelas, Paulo Rangel - fazendo coro com Marques Mendes - critica a escolha de Fernando Nobre para cabeça de lista por Lisboa e a posição antidemocrática deste, ao afirmar que se não fosse eleito Presidente da Assembleia da República, renunciaria ao mandato.
Em simultâneo, tomou-se conhecimento que, afinal, o líder do PSD esteve reunido com Sócrates antes da apresentação do PEC IV, tendo mentido aos portugueses.
Por fim, consta que existe uma sondagem que dá uma ligeira vantagem ao PSD - 3% - sobre o PS, o que significa que aqueles que já distribuíram os cargos e já se vêem ministros começam a temer pelo lugar.
A cinquenta e quatro dias das eleições, Passos Coelho começa a ver o poder a fugir e a sentir que o seu tempo pode ter acabado antes de ter começado. E só pode agradecer aos seus "amigos".