quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A amoralidade e a corrupção do poder

O poder corrompe - fase banal, mas verdadeira - e esta corrupção moral é tão ou mais perigosa do que a outra, porque não tem punição e afecta, corrosivamente, o Estado.
Segundo o "I", Jorge Silva Carvalho, empregado da Ongoing - seria interessante uma profunda e minuciosa investigação a este grupo - tinha esperança de regressar ao poder, nas secretas, pela mão do PSD.
Partindo da bondade de que o PSD nada tem a ver com os desejos desta personagem amoral, o grave da coisa é que existem muitos como ele, cuja acção coloca em causa o Estado de Direito e que nunca serão punidos, porque actuam na sombra.
Mais grave ainda é o perfil que aquele jornal traça do sujeito: vingativo e mal formado. A notícia diz mesmo que se ele cair não vai cair sozinho, o que nos coloca uma questão muito importante, se o que ele sabe tem tanta força que impeça uma investigação aprofundada à sua actividade e uma punição exemplar. Se nada acontecer é a confirmação de que o Estado português está podre e que a corrupção- todo o tipo de corrupção - está instalada, até às entranhas, no poder político e na sociedade empresarial portuguesa.