segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Conselhos, gratuitos, ao Domingos Paciência.


O treinador do Sporting, após a vergonhosa exibição da sua equipa e da consequente derrota frente ao Marítimo, disse: “não compreendo a «postura» da equipa na segunda parte, onde sofreu dois golos em dois minutos e perdeu a vantagem adquirida na primeira parte”. Ora vejamos a situação: quem é que escolheu a equipa? Quem é o treinador? Quem é que definiu a estratégia para o jogo? Quem pode alterar a forma de jogar ou incentivar os jogadores a fazê-lo? A resposta é clara: Domingos Paciência, o treinador que diz não entender a postura da equipa que ele escolheu, que treinou e que orientou. Vamos tentar dissecar a coisa - num tempo em que falar de política se tornou perigoso, uma vez que o País é mesmo muito mal frequentado - para tentar explicar ao Domingos Paciência a realidade da vida. Em primeiro lugar, a teimosia é má conselheira, pelo que insistir em jogadores que não rendem, que os adeptos não apoiam, só para provar quem manda, resulta nisto. Em segundo lugar, a cobardia é, igualmente, má conselheira, ou seja, ter medo de colocar a jogar jogadores novos, na idade e na equipa, por medo, resulta nisto. Em terceiro lugar, qual a justificação para contratar tantos jogadores se a equipa é praticamente a mesma do ano passado, que teve os resultados que se viram. Em quarto lugar, se os que vieram são piores do que os que já lá estavam, houve uma clara e manifesta incompetência na escolha das contratações, o que não me admira, tendo em consideração os responsáveis pela direcção do futebol do SCP. Em quinto lugar, esta administração não é confiável e as opções que fez, quer no treinador, quer nos jogadores, confirmam a realidade da sua incapacidade. Em sexto lugar, ou Domingos Paciência cresce e ganha coragem ou só pode ter um fim: a sua saída, sem honra, nem glória.