terça-feira, 9 de agosto de 2011

É a matemática, estúpido!

Segundo as informações disponíveis, Américo Amorim será devedor ao BPN da quantia de 1,4 mil milhões de euros relativos ao financiamento para a compra da sua posição na GALP.
Consta, e ainda não desmentido, que essa importância não se encontra paga, ou seja, caso fosse paga o défice do Estado no BPN reduzia-se a mil milhões de euros e seria perfeitamente desnecessário o “saque” ao contribuinte no Natal.
Ao que acresce, como explicou Marcelo Rebelo de Sousa, o escândalo de os rendimentos de capital não serem taxados.
Mas voltando às contas do BPN, esta instituição bancária vai ser adquirida pelo BIC, banco de que Américo Amorim é accionista, pelo valor de 40 milhões de euros.
Chegados aqui impõe-se uma pergunta: encontra-se prevista a obrigação de Américo Amorim pagar 1,4 mil milhões ao banco de que passa a ser dono, ou esse valor, que pertence ao Estado e aos contribuintes portugueses, será perdoado?
Se assim for, o negócio além de ser óptimo para uma das partes – Américo Amorim – é ruinoso para o Estado Português e lesivo dos contribuintes.
Poder-se-ia dizer que estávamos perante um crime de prevaricação (para não avançar para outras molduras penais) cometido pelo Governo.
Ou então que o Ministro das Finanças não sabe fazer contas e necessita da ajuda do Ministro da Educação que sabe da matéria.
Ou ainda, como dizia o outro: é a matemática, estúpido!