quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nada como a serenidade do julgamento

Por princípio não gosto de criticar o estado da justiça só por criticar, nem sou defensor de teorias da conspiração, de subserviências ou de favores, na justiça.
A justiça portuguesa tem sido, apesar das críticas, um dos pilares da democracia e apenas é salpicada por algum excesso de protagonismo do poder político ou de alguns magistrados com um espírito mais corporativo.
Os homens não são perfeitos e o exercício de funções políticas ou na Magistratura não os unge, nem os transforma, infelizmente, em seres perfeitos.
De qualquer modo, o relatório da SEDES foi arrasador para a justiça e por muitas desculpas que se dêem, mais do que encontrar culpados importa encontrar soluções.
A confirmar a divulgação do relatório da SEDES, e na voragem de um ciclo eleitoral complicado e que pode causar estragos a alguns partidos, têm sido noticiados diversos casos de polícia que envolvem figuras públicas.
Lamentavelmente, alguns jornais dão a estes temas conotações que são incompreensíveis e que visam desviar a atenção para o que é fundamental.
O que é fundamental é saber porque motivo é que só agora é que estes casos começam a ver a luz do dia e se existe matéria sustentável para condenar, em audiência de julgamento, os arguidos.
A condenação na praça pública de uma pessoa é a mais abjecta perversidade de um tempo mediático em que a justiça só de pode realizar na serenidade do julgamento.