A luta pela sucessão no PSD, dinástica ou popular, pré ou posterior ao 5 de Outubro, está ao rubro, porque os barões sentem-se ameaçados e os potenciais candidatos a barões não querem perder a possibilidade de lá chegar.
O PSD não está, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, dividido por querelas ideológicas- do que eu discordo, porque a verdade é que, rasgados os princípios fundadores não tem ideologia, nem projecto - mas sim por confrontos pessoais, no objectivo de alcançar o poder.
Tudo porque se vive na ilusão de que dentro de dois anos, mais coisa menos coisa, o PSD regressará ao Governo.
"Abençoados os pobres de espírito porque deles será o reino dos Céus"!, é o conselho que se pode dar a todos os que pensam deste modo.
E que tal refundar, repensar, reformular, pensar, ao menos, no que se pretende, no que foi e naquilo em que se transformou o PSD e tentar, com um pequeno esforço, perceber que estamos no século XXI?
Por este caminho, dificilmente o PSD sairá deste impasse e, com a perda sucessiva de poder nas autarquias pode vir a ter o destino traçado.