A mensagem de ano novo do Presidente da República não trouxe nada de novo, por muito que os comentadores e os jornalistas se esforcem por espreme-la.
Cavaco Silva disse o óbvio, repetiu o diagnóstico da mensagem do ano anterior e lançou duas ou três questões que, de tão repetidas, ameaçam transformar-se em chavões sem sentido, quando são estruturantes de uma sociedade que pretende ter um futuro: valores, família e coragem para acreditar.
Pelo meio falou no endividamento – uma realidade assustadora e conhecida -, no desemprego – uma chaga social – e no desequilíbrio estrutural das contas públicas. Tudo trivialidades que ouvimos nos noticiários e lemos todos os dias nos jornais.
Propostas concretas, mesmo sem interferir na acção do governo, nada, uma ideia para o País, nada, uma ideia de futuro, nada.
O Presidente da República não se pode esconder atrás das questões institucionais e formais para fazer um discurso estilo "Estado Novo", sem conteúdo e sem substância.
Compreende-se que as eleições presidenciais estão a chegar e que importa não agitar as águas, mas o sentido de Estado e o interesse do País impunham outro tipo de intervenção, mais profunda e com algumas ideias de futuro.
Não aconteceu e, para agravar as coisas, o PSD veio colar-se à mensagem presidencial, que seria a última coisa que, neste momento, Cavaco Silva quereria.
Enfim, 2010 não vai trazer nada de novo, mas será um ano de intensos jogos de bastidores, de jogos de poder e de “mind games”.
Cavaco Silva disse o óbvio, repetiu o diagnóstico da mensagem do ano anterior e lançou duas ou três questões que, de tão repetidas, ameaçam transformar-se em chavões sem sentido, quando são estruturantes de uma sociedade que pretende ter um futuro: valores, família e coragem para acreditar.
Pelo meio falou no endividamento – uma realidade assustadora e conhecida -, no desemprego – uma chaga social – e no desequilíbrio estrutural das contas públicas. Tudo trivialidades que ouvimos nos noticiários e lemos todos os dias nos jornais.
Propostas concretas, mesmo sem interferir na acção do governo, nada, uma ideia para o País, nada, uma ideia de futuro, nada.
O Presidente da República não se pode esconder atrás das questões institucionais e formais para fazer um discurso estilo "Estado Novo", sem conteúdo e sem substância.
Compreende-se que as eleições presidenciais estão a chegar e que importa não agitar as águas, mas o sentido de Estado e o interesse do País impunham outro tipo de intervenção, mais profunda e com algumas ideias de futuro.
Não aconteceu e, para agravar as coisas, o PSD veio colar-se à mensagem presidencial, que seria a última coisa que, neste momento, Cavaco Silva quereria.
Enfim, 2010 não vai trazer nada de novo, mas será um ano de intensos jogos de bastidores, de jogos de poder e de “mind games”.