sábado, 18 de setembro de 2010

A candidatura alternativa de direita, o castigo a Cavaco Silva e a solução mais económica e mais penalizadora.

A direita portuguesa, em concreto alguns sectores da direita portuguesa, não se pauta pela racionalidade e pela inteligência política. Continua trauliteira, na senda do que de pior a extrema-esquerda instalou em Portugal e não tem projecto, ideias ou ideais.
A questão presidencial, e as críticas a Cavaco Silva, é o exemplo dessa ausência de estratégia e de ideias.
Alguns sectores da direita mais radical estão zangados com o Presidente da República e não se revêem na sua actuação. Têm toda a legitimidade para discordar e para expressar essa discordância. E têm, igualmente, legitimidade para “castigar” Cavaco Silva, dificultando a sua reeleição.
Mas será a apresentação de uma candidatura alternativa à direita, a solução para concretizar esses objectivos.
Um dos potenciais candidatos já explicou que lançar uma candidatura era complicado, por diversas ordens, nomeadamente por questões financeiras e por questões logísticas (intimamente ligadas às questões financeiras).
E a verdade é que uma candidatura, sem sentido, sem objectivos, a não ser o de “castigar” Cavaco Silva, estaria votada ao fracasso e a um resultado que dificilmente ultrapassaria um cento (já com muito boa vontade).
Por isso, se a direita está, efectivamente, zangada com Cavaco Silva, tem uma alternativa mais económica e mais “castigadora” para o recandidato: votar em Manuel Alegre, obrigando Cavaco Silva a uma segunda volta e destruindo a tese de que as eleições presidenciais irão ser um passeio para actual Presidente.