O confronto
entre a S&P e a Europa sobe mais um patamar, com a declaração de guerra daquela
agência de notação financeira, que coloca a probabilidade elevada (40%) de uma
recessão profunda na Europa. Sabendo nós
que a S&P vive para o lucro, o interesse na derrocada da Europa só pode ter
a ver com interesses de terceiros, que venham a beneficiar ou pensem em
beneficiar desse colapso, e não com uma posição preocupada pelo futuro dos
cidadãos europeus. Desde que se
soube que Bruxelas estaria a investigar as agências de notação financeira,
nomeadamente a S&P, as notícias sobre o fim do Euro (que pode ser uma
realidade face à incompetência dos políticos europeus e à posição radical da
Alemanha e dos seus aliados franceses), com o inevitável colapso da União
Europeia e a falência das instituições financeiras e de alguns países dos vinte
sete, tornou-se o campo preferido das agências, que deixaram de ser o
mensageiro para passarem a ser parte, interessada, no que vier a acontecer.Tenho a
convicção de que, dentro de um ano, caso o Euro acabe e a Europa entre em
convulsão, ficaremos a saber quem lucrou com a intervenção das agências de
notação financeira.