quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A declaração de guerra da S&P à Europa.


O confronto entre a S&P e a Europa sobe mais um patamar, com a declaração de guerra daquela agência de notação financeira, que coloca a probabilidade elevada (40%) de uma recessão profunda na Europa. Sabendo nós que a S&P vive para o lucro, o interesse na derrocada da Europa só pode ter a ver com interesses de terceiros, que venham a beneficiar ou pensem em beneficiar desse colapso, e não com uma posição preocupada pelo futuro dos cidadãos europeus. Desde que se soube que Bruxelas estaria a investigar as agências de notação financeira, nomeadamente a S&P, as notícias sobre o fim do Euro (que pode ser uma realidade face à incompetência dos políticos europeus e à posição radical da Alemanha e dos seus aliados franceses), com o inevitável colapso da União Europeia e a falência das instituições financeiras e de alguns países dos vinte sete, tornou-se o campo preferido das agências, que deixaram de ser o mensageiro para passarem a ser parte, interessada, no que vier a acontecer.Tenho a convicção de que, dentro de um ano, caso o Euro acabe e a Europa entre em convulsão, ficaremos a saber quem lucrou com a intervenção das agências de notação financeira.