quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A venda da EDP, o administrador da empresa chinesa, a piada da transparência e a prenda de Natal aos alemães.


O administrador da empresa chinesa que concorre à privatização da EDP declarou que apenas pretendia transparência no processo de escolha da entidade compradora por parte do governo português. O admnistrador da empresa chinesa deveria ter acabado de ver algum filme dos “Monty Phiton” para contruir esta piada, que nos faz rir perdidamente. Já se sabe que a EDP vai ser vendida aos alemães, sem transparência e sem preocupação com os interesses do Estado. Possivelmente, não é por acaso que aos alertas de Cândida Almeida caíram em saco roto – e o Ministério Público não acompanha este processo- e que a Comissão Parlamentar que acompanha a aplicação do acordo com a troika não integra o directório para as privatizações. Talvez seja por isso que Psssos Coelho quer que a decisão seja tomada até ao Natal, porque é sempre bom, e fica bem, dar uma prenda “gorda” aos amigos. Por outro lado é aterrador, e colossal, o silêncio de alguns órgãos da comunicação social quanto a esta negociata, o que se entende porque a comunicação social, como se percebe pela alienação das participações da COFINA pela banca, passa por uma mudança que pode determinar uma nova fonte de poder e de influência. A partir daqui o administrador da empresa chinesa fica a perceber duas coisas: que a transparência não se aplica aos negócios do Estado e que o conceito de tráfico de influência ou de cunha também não se aplica a estes negócios.