O
administrador da empresa chinesa que concorre à privatização da EDP declarou
que apenas pretendia transparência no processo de escolha da entidade
compradora por parte do governo português. O
admnistrador da empresa chinesa deveria ter acabado de ver algum filme dos “Monty
Phiton” para contruir esta piada, que nos faz rir perdidamente. Já
se sabe que a EDP vai ser vendida aos alemães, sem transparência e sem
preocupação com os interesses do Estado. Possivelmente,
não é por acaso que aos alertas de Cândida Almeida caíram em saco roto – e o
Ministério Público não acompanha este processo- e que a Comissão Parlamentar
que acompanha a aplicação do acordo com a troika não integra o directório para
as privatizações. Talvez seja por isso que Psssos Coelho quer que a decisão
seja tomada até ao Natal, porque é sempre bom, e fica bem, dar uma prenda “gorda”
aos amigos. Por
outro lado é aterrador, e colossal, o silêncio de alguns órgãos da comunicação
social quanto a esta negociata, o que se entende porque a comunicação social,
como se percebe pela alienação das participações da COFINA pela banca, passa por
uma mudança que pode determinar uma nova fonte de poder e de influência. A
partir daqui o administrador da empresa chinesa fica a perceber duas coisas:
que a transparência não se aplica aos negócios do Estado e que o conceito de
tráfico de influência ou de cunha também não se aplica a estes negócios.