sábado, 10 de dezembro de 2011

Os tempos são de mudança.

A maioria dos comentadores, políticos e económicos, dizem que após a cimeira do nada, Cameron e o Reino Unido afastam-se da Europa - como se alguma vez lá tivesse estado - e que ficam isolados.
Isolados é um facto, uma vez que a "ilha" está rodeada de água por todo o lado e não possui - logicamente - ligação ao continente.
De resto, o Reino Unido sempre esteve afastado da Europa, quer por motivos políticos, quer por questões religiosas.
Para não falar das questões económicas, uma vez que manteve e vai manter a sua moeda, bem mais forte do que o euro.
Porém, nisto tudo, subsiste uma outra questão e que tem a ver com a globalização e com a saída para a produção das empresas do Reino Unido: para onde podem exportar e quem pode comprar a produção inglesa caso haja uma profunda recessão mundial? Esta dúvida é extensível a todos os países, ou seja, uma recessão mundial levará a um empobrecimento de todas as economias e a um conflito social global ou regional, que pode terminar numa guerra mundial ou em guerras regionais.
Neste quadro recessivo, as notações da S&P são questões menores, até porque essas agências deixariam de ter qualquer impacto ou acabariam, mesmo, por encerrar, por falta de negócio.
Os tempos são de mudança, resta saber para onde vamos mudar, se para uma mudança total do paradigma da sociedade, com a ascensão de uma nova estrutura política ou se a mudança é feita na continuidade até à próxima crise.