domingo, 9 de maio de 2010

"Direito a não ser pobre"

Rogério Roque Amaro, do ISCTE, um dos participantes do XI Encontro Nacional de Fundações, que discutiu o problema da inclusão social e a melhor forma do seu combate no actual contexto de crise económica defendeu a inclusão na CRP do "direito a não ser pobre"
Emílio Rui Vilar considerou que a erradicação da pobreza é uma "utopia", que comparou à abolição da escravatura: uma utopia também "que se tornou realidade". Na União Europeia, referiu Rui Vilar, quase 80 milhões de pessoas, "ou seja, 16 por cento da sua população total", vivem no limiar da pobreza. "Destes, cerca de 19 milhões são crianças."
Esta é uma realidade que se deveria sobrepor à voragem dos mercados, às crises financeiras e aos défices.
Está na capacidade dos dirigentes resolver este e outros problemas que podem conduzir ao aumento do número de pobres na União Europeia.
E, para aqueles que apenas vêem o umbigo ou só conseguem ver até dez centímetros do seu corpo, é sempre bom lembrar que o agravamento da pobreza terá custos bem mais elevados do que uma mudança da política financeira. E que esses custos chegarão bem mais rapidamente do que se pensa.