sábado, 19 de novembro de 2011

A negociação da estrutura accionista do BCP conversada entre Passos Coelho e Eduardo dos Santos, ou a intervenção do governo num banco privado.

O governo de José Sócrates governamentalizou e partidarizou o Banco Comercial Português, independentemente de os actos praticados pela administração demitida serem, ou não, passíveis de uma análise crítica em sede penal.
Esta atitude foi criticada – e bem - pelo PSD e por muitos comentadores económicos e políticos, que colocavam em causa a bondade dessa acção intervencionista do governo socialista.
Agora, o Expresso vem dizer que Passos Coelho negociou com José Eduardo dos Santos a recapitalização do banco e o reforço da posição da Sonangol na estrutura accionista, ou seja, o primeiro-ministro de Portugal, numa viagem oficial, negociou com o Presidente de Angola, a entrada de dinheiro angolano num banco privado, no qual o Estado não manda e, que se saiba, a cuja administração Pedro Passos Coelho não pertence.
Estranhamente não li, nem ouvi, qualquer comentador ou qualquer reacção dos partidos da oposição quanto a esta intervenção do governo na gestão de um banco privado.