terça-feira, 29 de novembro de 2011

A dominação da Europa pela Alemanha e a estratégia de Clausewitz aplicada aos novos tempos.


Se o "desenvolvimento é o novo nome da Paz", o controlo das finanças públicas é o novo nome da "invasão dos países por uma força estrangeira".

Berlim e a Sra. Merkel querem jogar um novo jogo, no âmbito de uma estratégia de ocupação que, em vez de ser militar, se traduz numa dominação sem derramamento de sangue, mas humilhante e castradora da liberdade dos cidadãos.

Aquilo que se via em filme - uma corporação a mandar no Mundo - ameaça transformar-se numa triste realidade, com um CEO - Merkel - a mandar nos seus empregados - os europeus.

 A guerra é uma continuação da política por outros meios”. A antítese dessa ideia é a visão de que a guerra é puramente um duelo entre duas vontades – uma “luta-livre”, para uma analogia mais apropriada. Ao analisar ambas as ideias, chega-se a síntese que constitui um dos principais pontos da abordagem de Clausewitz: a guerra nunca é ilimitada, sendo sempre restrita por objectivos políticos e outros.

Segundo Clausewitz o objectivo de  uma guerra é o de desarmar o oponente, ou seja, destruir efectivamente a capacidade do oponente de guerrear.

Se – para alguns - a teoria de Clausewitz se tornou ultrapassada com o início da Guerra Fria, a verdade é que a actual circunstância da Europa, obriga a reanalisar a teoria Clausewitz e os seus conceitos estratégicos, os quais estão a ser seguido pela Sra. Merkel nesta “invasão silenciosa” da Europa.

As superpotências da segunda metade do século XX atingiram aquilo que é o objectivo supremo de um Estado clausewitziano: destruir uma imagem especular de si mesmo. Com o advento das armas nucleares, elevava-se o preço de uma guerra de tal modo que apenas formas limitadas de combate seriam possíveis sem a destruição do mundo.

Porém, com a crise financeira, os detentores do poder económico-financeiro, possuem uma nova “bomba atómica” que, sem danos colaterais, atinge os mesmos efeitos, a dominação dos outros países, sem a sua destruição.

É este o caminho seguido pela Sra. Merkel, de forma racional, fria e objectiva, com a conivência, mais uma vez, tal como na II Guerra Mundial, de um “general” francês.