sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Por onde vai a corda partir?



O Presidente da República enviou para o Tribunal Constitucional o diploma de revisão do Código do Trabalho, requerendo a fiscalização preventiva da norma que alarga para 180 dias a duração do período experimental da generalidade dos trabalhadores.
De acordo com uma nota divulgada no site da Presidência da República, a norma "suscita particulares dúvidas, no caso do trabalho indiferenciado, quanto à sua conformidade com a exigência de proporcionalidade das leis restritivas de direitos, liberdades e garantias".
O Governo abriu uma frente de batalha com Cavaco Silva e agora está a colher as consequências.
Como diz o povo português "quem semeia ventos colhe tempestades" e José Sócrates está acolher o que tem andado a semear.
Cavaco Silva não se demite do exercício das suas funções, nem se deixa condicionar, mesmo que o queiram fazer por interpostos motivos.
A um ano das eleições, e mesmo com o PSD no estado em que se encontra, com a esquerda a subir e a contestação na rua e nos mais diversos sectores da sociedade, o Primeiro-Ministro vai ter de repensar a sua estratégia, a não ser que queira esticar a corda até ao limite, a coberto da crise económica e financeira.
Resta saber se este "chapéu de chuva", que deu vida a alguns políticos já "arrumados", é suficiente para impedir que o Governo e o PS se molhem.