sexta-feira, 19 de junho de 2009

Em memória de Carlos Candal

Conheci Carlos Candal em 2001 durante o processo de candidatura a Bastonário da Ordem dos Advogados.
Na qualidade de coordenador do “Justiça e Cidadania” moderei dois debates com os candidatos a Bastonário da Ordem dos Advogados, sendo um no Porto, no Café Majestic e outro no Hotel Altis, em Lisboa.
Qualquer dos debates teve uma forte participação dos advogados que, durante mais de três horas, ouviram com atenção e debateram com elevação, as questões que importavam à classe e aos cidadãos.
Carlos Candal teve um papel importante para a discussão e para a riqueza do debate.
A sua figura incontornável, mesmo discordando dele, como eu discordava, não afastava, antes pelo contrário, o enorme respeito pelo cidadão e pelo advogado que lutava pela dignificação da classe, na perspectiva da importância da advocacia na defesa dos direitos, liberdades e garantias.
Num tempo em que os perigos são muitos, os ataques à cidadania vêm de todo o lado e em que o Estado aparece como o “grande irmão” que tudo quer controlar, os cidadãos como Carlos Candal fazem falta ao combate pela liberdade.