quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma Ordem de vergonha!

Esperei 48 horas para falar sobre o vergonhoso e inqualificável debate que ocorreu na passada segunda-feira no Prós e Contras.
Se os "senhores" que ali estiveram mandam na Ordem dos Advogados, estamos entendidos quanto ao prestígio da classe e aos reais objectivos de todos eles.
Se aqueles "fidalgotes" são os representantes dos advogados portugueses, estes o que têm a fazer de melhor é correr com eles - todos -, mudar de País ou criar uma "nova ordem profissional" que ponha termo a "isto".
Para que não fiquem dúvidas, não votei em Rogério Alves, não votei em Marinho Pinto e não votei em José Miguel Júdice.
Por isso estou à vontade para criticar os últimos nove anos da direcção da Ordem.
E, a verdade é que, ano após ano, as coisas têm vindo a degradar-se e os dirigentes eleitos pelos seus pares apenas se preocupam com os seus interesses pessoais e pelas vantagens económicas do mediatismo que os cargos conferem
Antes da realização dos debates que antecederam as últimas eleições, lancei um desafio a todos os candidatos: revelarem os seus clientes - sem violação do sigilo profissional - e o valor da facturação dos seus escritórios, nos três anos subsequentes e posteriores ao acto eleitoral.
Nem uma palavra sobre esta proposta, o que não deixa de ser curioso para todos os paladinos da ética e da moral.
Mas voltando ao debate, senti que estávamos perante um grupo de dirigentes desportivos e de empresários de futebolistas que se degladiavam pelo melhor "naco" da carne que ainda podem abocanhar.
Uma vergonha que nos deveria obrigar a pensar, face ao papel que a Ordem dos Advogados sempre desempenhou em defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Uma Ordem que não se vergou, nem se costumava vergar ao poder político, mas que agora se ajoelha em troca de uma fatia do orçamento de Estado.