quinta-feira, 11 de junho de 2009

Por falar em abstenção, responsabilidade e outras coisas

Por falar em abstenção e responsabilidade dos políticos, e porque a história é terrível e perversa, nomeadamente quando existem registos fiáveis dos dados, importa esclarecer os níveis da abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu desde 1987 (dados do site da CNE).
A saber, em 1987: 27,58%, em 1989: 48,40%, em 1994: 64,46% (a taxa de abstenção mais elevada de todas), em 1989: 60,07%, em 2004: 61,40% e em 2009: 63,5%, a segunda taxa mais elevada de sempre.
Ou seja, as taxas mais elevadas de abstenção em eleições para o Parlamento Europeu foram coincidentes com dois governos de maioria absoluta, ambos em fim de ciclo.
Por isso, as ilações dos níveis da abstenção já deveriam ter sido retiradas pelos responsáveis políticos há mais de quinze anos. O "busílis" da questão é que eles são sempre os mesmos, a jogarem o famoso jogo da cadeirinha (com a honrosa excepção de Paulo Rangel).