quarta-feira, 14 de julho de 2010

Benvindos à terra ou, como dizem os brasileiros, "caiam na real"

A relação entre uma das procuradoras responsáveis pela investigação e o responsável pela empresa que fez as perícias para o Ministério Público volta a trazer o caso dos submarinos para o centro da polémica, segundo uma informação avançada pela SIC .
Durante anos a fio, foi alimentada uma falácia que consistia em que havia dois tipos de cidadãos: os procuradores da República, puros e imaculados e os outros, com pecados sem fim.
Ao longo dos últimos anos verificou-se uma crescente desmistificação desta ideia e que, na realidade, os procuradores são homens e mulheres como os outros.
A notícia da SIC vem comprovar esta tese e acentuar a necessidade de repensar determinados conceitos, em que se ancorou toda a estrutura judicial portuguesa.
A par desta ideia convém realçar dois outros factos: primeiro, a procuradora Cândida Almeida, que foi uma procuradora corajosa em tempos difíceis, deixou de ter condições para dirigir o DCIAP; segundo, a protecção aos eventuais responsáveis pelo ruinoso negócio dos submarinos é um dos grandes mistérios da nossa democracia no século XXI.