sábado, 24 de julho de 2010

Madaíl, Queiroz e os rastejantes.

A situação de Carlos Queiroz deveria constituir um “caso de estudo” do comportamento de Gilberto Madaíl.
O presidente da FPF, instituição que vive à margem da lei, uma vez que perdeu o estatuto de utilidade pública, facto que pode, inclusive, inviabilizar a participação da arbitragem portuguesa em competições internacionais, é uma personalidade que está a mais no desporto em Portugal.
Sem hipocrisia, poder-se-ia dizer que Madaíl representa tudo o que de negativo existe no futebol do nosso País, tudo o que de mais “rasteiro” polui a vida política, enfim, é uma tumefacção da vida pública.
Na questão Carlos Queiroz, mais uma vez, Madaíl comprova o seu modo “rastejante” de estar na vida.
Primeiro celebra um contrato, ruinoso para a FPF, com um técnico que não passa de um bom adjunto. Depois, apesar do descalabro da actuação da selecção, ainda lhe paga um chorudo prémio por ter passado aos oitavos de final. A seguir, apesar de ser evidente que Carlos Queiroz não reunia as condições para continuar, mantém a confiança no seleccionador para evitar ter de pagar uma elevada indemnização.
Agora, a reboque de um processo disciplinar, quer aproveitar para se ver livre de Queiroz, sem sujar as mãos.
Sempre na sombra, disfarçado, ausente, fugidio, mas sempre à espreita de uma oportunidade para alcançar um fim.
Já agora, não nos podemos esquecer que Madaíl foi governador civil de Aveiro, no tempo do governo de Cavaco Silva e que chegou à FPF através da política.
Por último, Carlos Queiroz se tivesse um pouco de vergonha, apresentaria a demissão e evitaria mais uma vergonha para o futebol português.