segunda-feira, 12 de julho de 2010

Críticas com propostas, assim vale a pena.

Ontem disse que estava farto dos que criticam e nada fazem, ou seja, não apresentam soluções para a situação do País.
Hoje, por coincidência, tomei conhecimento de quatro propostas interessantes para Portugal. Nas jornadas parlamentares do PSD, Ernâni Lopes defendeu um corte de 15 a 20% do vencimento dos políticos e dos funcionários públicos.
No mesmo fórum Villaverde Cabral defendeu que o PSD apresentasse uma moção de censura ao Governo de forma a separar as águas e a redefinir o quadro de apoios nas eleições presidenciais.
Campos e Cunha, igualmente interveniente nas jornadas parlamentares do PSD, defendeu a possibilidade de a direcção dos partidos designar um ou dois deputados.
Deu como exemplo o facto de a direcção do PSD ter mudado de líder e este não poder confrontar o primeiro-ministro no Parlamento.
O ex-ministro de Sócrates apresentou ainda duas propostas interessantes, a remuneração da função política deveria ser calculada em função do último IRS, acrescida de 25%, o que permitiria que “quem não declarasse o IRS não ia para a política e também ninguém deixaria de ir para a política por falta de dinheiro”.
A segunda proposta, relevante, e uma das que maior impacto teria nas finanças públicas, diz respeito aos grandes projectos públicos, que deveriam passar pela Assembleia da República e o seu impacto avaliados no Orçamento do Estado no longo prazo.
Independentemente de se concordar ou não com estas propostas, são pontos de partida, sérios, para se mudar o País. A grande questão, a velha questão, passa, contudo, pela vontade política. Mas é nisto que se distingue o político de vão de escada do Estadista.