segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Grécia, Portugal e a ajuda externa.

A incapacidade revelada pelo governo grego em proceder às reformas necessárias e acordadas com o FMI e a União Europeia, deveria constituir uma lição para Portugal neste período em que ainda nada está decidido quanto ao resultado eleitoral.
O governo grego não encetou as reformas estruturais por incapacidade e por falta de apoio político e social para as executar.
E esta é a chave para o problema, ou seja, o governo que sair das eleições de 5 de Junho se quiser cumprir o acordo, necessita de uma base política, e social, forte e coesa para efectuar as mudanças necessárias.
Quem ganhar as eleições não pode, apenas, ter uma maioria parlamentar. Necessita de ter uma base social de apoio que não conteste, nas ruas, as profundas alterações que são necessárias efectuar para atingir as metas propostas no acordo com o FMI e a União Europeia. Se não houver esta coincidência, daqui a um ano estaremos como a Grécia.