quarta-feira, 18 de maio de 2011

O PSD, o putativo governo formal, o governo sombra, a influência de Dias Loureiro e a clarificação de quem exercerá o poder.

A pouco e pouco vamos sabendo as causas do desnorte do PSD, das suas trapalhadas, da inconstância do seu pensamento, das propostas apresentadas pela manhã e das propostas apresentadas pela tarde. Primeiro tomámos conhecimento que Miguel Relvas se aconselhara com Dias Loureiro, nas férias passadas em Miami. Agora, confirma-se que o supremo conselheiro do PSD e de Passos Coelho é o ex-conselheiro de Estado, Dias Loureiro, a par de um jovem politólogo, Moita de Deus, que ficou famoso por ter escrito algo sobre o PSD e Sá Carneiro.
Confesso que, neste momento não tenho qualquer interesse em saber da responsabilidade de Dias Loureiro no "buraco do BPN", até porque, segundo consta, o manto diáfano que cobre essa realidade estará protegido por rigorosos ficheiros sobre figuras públicas - seus vícios privados e públicas virtudes - colhidos ao tempo em que ele mandou no SIS.
O que está em causa, para mim, é saber qual a validade do pensamento político de Dias Loureiro ou os conhecimentos de vida de Moita de Deus. Quanto a este estou esclarecido, é zero.
No que diz respeito a Dias Loureiro, sempre me espantou o seu peso político, por dois motivos: porque não se lhe conhece pensamento político, nem uma única ideia para Portugal.
Admito que será mestre na intriga e no jogo de bastidores que, infelizmente, é apanágio de quase todos os partidos.
Mas pensamento político, ideias, uma nova concepção de Estado? Sinceramente não lhe reconheço que tenha capacidade para dar esse contributo.
De conselheiro em conselheiro, os portugueses vão entendendo uma coisa, caso o PSD ganhe as eleições haverá um governo de Passos Coelho, governo formal, e um governo sombra, real, dirigido por Dias Loureiro. E será este o governo que exercerá o poder. Ou seja, cada dia que passa tudo começa a ficar mais clarificado.