domingo, 8 de maio de 2011

O dilema de Marcelo Rebelo de Sousa e os receios do PSD.

Marcelo Rebelo de Sousa  afirmou que  "o CDS com 13% ou 14% mandava no Governo de Portugal". Esta frase comprova o medo que vai pelas hostes social-democratas pelo resultado das eleições. Cada dia que passa o PSD sente que o poder pode estar mais longe.  
E Marcelo Rebelo de Sousa, que pensa a médio prazo, encontra-se dividido, uma vez que não tem a certeza qual o melhor resultado para as suas ambições pessoais como candidato à Presidência da República.
Depois de ter falhado a liderança do Governo, entregando o PSD, numa bandeja de prata a Durão Barroso, no Congresso de Coimbra, resta a Marcelo Rebelo de Sousa a candidatura presidencial.
Qual o melhor cenário para ele? Uma vitória do PS e um governo PS/CDS ou uma vitória do PSD e um governo PSD/CDS? Os próximos anos vão ser duros e as possibilidades de Rebelo de Sousa ter uma candidatura vencedora podem depender do governo em funções, do seu sucesso ou insucesso e da proximidade a esse governo.
No meio de tudo isto, Rebelo de Sousa esquece um elemento fundamental: a vontade de Durão Barroso ser candidato presidencial.
Porque se o Presidente da Comissão Europeia quiser ser candidato à Presidência da República, não estará dependente da conjuntura interna e do apoio, mais ou menos velado ao governo em funções.