terça-feira, 28 de junho de 2011

O "governo limiano".

Este governo será conhecido, inevitavelmente, por ser maior do que o prometido – mais uma das mentiras e demagogias do primeiro-ministro e da sua equipa de consultores – e por ser o “governo liminano”. Relembrando os mais esquecidos, num dos governos de António Guterres, o CDS queria viabilizar o Orçamento do Estado, mas não tinha coragem para o fazer abertamente, com receio de desgaradar à sua base eleitoral. Na verdade Campelo ganhou notoriedade ao viabilizar, em 2000 e 2001, o Orçamento do Estado do Governo socialista de António Guterres, em troca de investimentos no distrito de Viana do Castelo e no seu concelho, com destaque para uma fábrica de queijo, como compensação pela saída da unidade do Queijo Limiano para Vale de Cambra. Daniel Campelo foi suspenso ( a fingir)  da militância do CDS, durante mais de três anos, mas em 2005 o partido voltou a convidá-lo para se candidatar à câmara de Ponte de Lima, um mandato que ganhou e exerceu até 2009. Da falsa “zanga” entre Campelo e Portas – os dois mentiram aos portugueses – nasceu uma obrigação para Portas que foi agora cumprida. Daniel Campelo é secretário de Estado e a factura encontra-se paga. Este é um “governo limiano”, ou seja, um governo habilidoso, mentiroso e sem credibilidade. Lamentávelmente para Portugal e para os portugueses.