quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Falácia

Passos Coelho foi imprudente e revelou uma profunda inabilidade para o cargo, quando, ontem, no Conselho Nacional do PSD, declarou que não se queixava da herança do anterior governo, mas que a situação financeira era desastrosa e extremamente grave.
Mas não se ficou por aqui, porquanto, além de esta declaração ter sido feito para o interior do seu partido, declarou que apenas os ministros sabiam a dimensão do problema.
Ora isto é falacioso, uma vez que, das duas uma, ou é verdade e todos os portugueses tinham o direito de saber a dimensão do défice, porque serão eles que irão pagar a factura, ou é falso e é grave.
E é igualmente falacioso, porque dizer que não se queixa, mas que os problemas financeiros são bem mais complicados do que se imaginava é uma forma maliciosa de se queixar, na versão virgem púdica.
Os portugueses estão fartos desta classe política, destes habilidosos, desta gente que não tem ideia de Estado, de frontalidade e de coragem.
Foi por isso que José Sócrates perdeu as eleições, por fugir à realidade e mentir sobre a real situação do País.
Passos Coelho está a seguir o mesmo caminho e a mesma estratégia, a da “tanga”, a do aumento artificial do défice e tantas outras habilidades que anteriores primeiros-ministros usaram para justificar o agravamento dos impostos.
Porque na realidade não possuem um ideia de desenvolvimento para Portugal e para a criação de riqueza, que é a única forma de reduzir o desemprego, aumentar o receita fiscal sem agravar os impostos e fazer crescer o País.