sábado, 16 de julho de 2011

Qual a diferença entre os actos terroristas do 11 de Setembro e o comportamento das agências de "rating": uns lutam por motivos ideológicos as agências pela ganância do lucro.

Joseph Stiglitz, Prémio Nobel de Economia em 2001, afirmou que as agências de notação financeira  podem estar “a precipitar uma nova crise financeira”, depois de se manifestar céptico em relação às suas avaliações.
Eu já tinha afirmado este papel desestabilizador das agências de "rating" na economia e que o caminho que elas estavam a levar poderia causar uma perturbação total e a destruição das economias, com consequências irreparavéis.
Disse, mesmo, que as agências deveriam ser investigadas por terrorismo financeiro, tráfico de influências, burla e outros crimes como a manipulação de mercados.
Na verdade é isso que acontece, as agências, ao serviço de alguns, manipulam os mercados, sem se preocuparem com as consequências. Mais, estão a actuar com plena consciência do dolo e sabem o resultado desse comportamento.
Tal como os terroristas que lançaram os aviões no centro de Nova Iorque ou as bombas no centro de Londres, as agências têm a perfeita noção que podem causar uma guerra mundial, fome e a destruição de países. Mas continuam, impávidas e serenas, como se não fosse nada com elas.
A única diferença entre os terroristas da Al Qaeda e as agências de "rating", é que os primeiros movem-se por questões ideológicas e as agências pela ganância do lucro. Mas são tão imbecis que não percebem que o lucro de nada lhes servirá se isto acabar. É verdade que alguém lucrará sempre, os traficantes de armas e os que vivem da morte e da guerra. E que, possivelmente pagarão boas comissões se os seus objectivos forem alcançados.