sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril, sempre?

Hoje, dia 25 de Abril, tivemos conhecimento de duas sondagens interessantes: uma diz-nos que o país virou à esquerda e que o Bloco está próximo do chamado “arco da governação” ( questão interessante a seguir, nomeadamente para avaliar o impacto do exercício do poder na acção do BE).
A outra sondagem diz-nos que três quartos dos portugueses não se revêm nos partidos, o que nos dá uma imagem muito cinzenta de trinta e cinco anos de democracia partidária, ou pode significar que os portugueses, conscientes do seu papel cívico, já pensam em formas diferentes do exercício da democracia.
Por coerência, e porque não acredito que exista esta consciência crítica, sou obrigado a pensar que três quartos dos portugueses apenas pretendem que os deixem viver a sua “vidinha” com tranquilidade e se estão "marimbando" para quem exerce o poder.
A escolha dos políticos fica para os outros, que são cada vez menos, o que é profundamente redutor para a afirmação da democracia.
Para um dia comemorativo da conquista da liberdade e da queda de um regime totalitário, estes sinais não são um exemplo de saúde democrática.