quarta-feira, 1 de abril de 2009

Falta de sorte ou no local errado, na hora certa?

O procurador-adjunto Lopes da Mota é um homem com falta de sorte, porque, além de ter integrado o governo de António Guterres, já foi “apanhado” por duas vezes no local errado.
Em 1995, o jornal Público dizia que Lopes da Mota “depois de ter sido secretário de Estado da Justiça durante um dos governos do PS liderados por António Guterres - é suspeito de ter fornecido a Fátima Felgueiras uma cópia da denúncia enviada a Cunha Rodrigues, numa altura em que a PJ de Braga não tinha iniciado sequer as investigações.
O magistrado em causa tinha antes estado colocado no Tribunal de Felgueiras, altura em que fez amizade com o casal Fátima Felgueiras/Sousa Oliveira. O documento terá chegado às mãos da autarca durante uma deslocação daquele magistrado a Felgueiras, em 21 de Janeiro de 2000, para participar num jantar de homenagem a um funcionário judicial, facto que foi registado pela imprensa local”
Desconheço se esta notícia é falsa ou verdadeira, mas não me lembro que o procurador-geral adjunto tenha accionado aquele jornal.
Depois, e na sequência destes “supostos factos”, terá perdido a possibilidade de ascender ao cargo de Procurador-Geral da República, mas ganhou um lugar de topo no Eurojust.
Agora, vitima das circunstâncias – coitado do Ortega Y Gasset – do acaso, ou de estar no local errado à hora certa – pelo menos era a hora de almoço – vê-se, novamente, envolvido num caso duvidoso e que o coloca em ruptura com os seus colegas procuradores.
Porque isto é muito simples, ou os procuradores que denunciaram a suposta pressão estão a mentir ou Lopes da Mota é um homem que não se consegue fazer entender, mas sempre agradecido e venerador.