terça-feira, 29 de março de 2011

Um "Senhor" na política, como já não há muitos.

Anacoreta Correia é um senhor, na vida e na política, pelo que não estranhei as suas palavras quanto à substituição que Cavaco Silva fez, trocando-o por um comentador de futebol e mais recentemente critíco do governo, apesar de ter usado, quando foi ministro, truques idênticos para reduzir o défice.
Mas, como disse Anacoreta Correia, foi uma decisão do Presidente e cada um fica responsável pelas suas decisões.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O novo Conselheiro de Estado

No ano de 2004, o então Ministro das Finanças, Bagão Félix, transferiu fundos de pensões de empresas públicas (entre outros, o Fundo da Caixa Geral de Depósitos) para a Caixa Geral de Aposentações, conseguindo um encaixe financeiro de cerca de 1,9 mil milhões de euros. Com esta "habilidade" reduziu o défice e saiu-se bem na fotografia.
Porque não tem memória, acusa, agora, outros de fazerem o mesmo, o que é lamentável, mas um facto a que nos vamos habituando no dia a dia.
Rebuscando na memória, por mais esforços que faça, não consigo encontrar uma medida que Bagão Félix tenha tomado para reduzir o défice e mudar a administração pública.
Penso mesmo que a sua grande decisão foi a de levar Celeste Cardona para a administração da Caixa Geral de Depósitos, coisa que deixou Saldanha Sanches em polvorosa, como se deve lembrar um dos actuais assessores de Cavaco Silva, colaborador de Saldanha Sanches e filho de Jaime Gama.
Por esta carreira de mérito, foi empossado Conselheiro de Estado por Cavaco Silva. A bem da Nação e da Pátria.

sábado, 26 de março de 2011

O futebol em dia de eleições no SCP.

Por hábito e porque entendo que não se deve misturar política com futebol, não tenho escrito, aqui, o que quer que seja sobre as questões futeboleiras.
Porém, hoje, sinto que devo falar de dois assuntos co-relacionados, o primeiro sobre Carlos Queiroz, que teve ganho de causa no Tribunal Arbitral de Desporto, - facto que se previa, dada a incompetência e a forma como a FPF conduziu o processo - e o segundo sobre as eleições no SCP.
Quanto ao primeiro tema, o ex-seleccionador deveria ter sido demitido por ter falhado e ponto. Porém, com este ganho no Tribunal Arbitral de Desporto, Carlos Queiroz aproveitou para demonstrar o seu carácter, comprovando o erro de ter sido escolhido e porque é que nunca será um treinador de topo.
Quanto às eleições do SCP, que começaram civilizadamente, descambaram e depois voltaram a acalmar, mas com promessas sem fim, lembrando o pior da política.
Algumas delas são irrealistas e não têm em consideração a situação do clube e do País, pelo que os candidatos se deveriam ter abstido de as anunciar. Cabe aos sócios do SCP fazer essa triagem. Porém, tal como na política, os eleitores irão na conversa e só depois, quando as coisas correrem para o torto, é que se arrependem das decisões que tomaram.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A primeira derrota de Passos Coelho após a queda do Governo.

Ontem, depois de ter contribuído para a queda do governo, Passos Coelho sofreu a sua primeira derrota na Europa.
O grave dessa derrota decorre da comprovação da sua impreparação para o cargo que pretende atingir e da precipitação para que se deixou arrastar pelos seus conselheiros.
O PSD que, segundo a TSF, estava próximo da maioria, desbaratou, em menos de vinte e quatro horas, esse ganho.
Primeiro, o ralhete das principais figuras da sua família europeia, depois a história do aumento do IVA – esta é de “cabo de esquadra” – pois as classes mais desfavorecidas e as classes médias serão as mais prejudicadas, mais ainda do que se fosse aplicada uma medida de congelamento de pensões, por fim, a trapalhada em que se meteu para explicar o aumento daquele imposto, que é o mais fácil, rápido e dá milhões.
A isto acrescem as críticas de Paulo Portas quanto a este aumento e o aproveitamento político deste erro de palmatória.
De quinta para sexta-feira, em vinte e quatro horas, o PSD pode ter perdido as eleições ou, pelo menos, ter inviabilizado uma maioria de direita na Assembleia da República. O que pode levar os eleitores portugueses a castigar, nas urnas, os social-democratas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O PSD, ao escolher Manuela Ferreira Leite para o debate de hoje, actua como um partido de vingança e sem ética.

Manuela Ferreira Leite vai representar a bancada social-democrata na apresentação da fundamentação para “chumbar” o PRC 4.
Esta escolha revela ao estado de “tropa fandanga…” a que chegou o PSD e a sua actual liderança.
Ferreira Leite foi escolhida como acto de vingança mesquinha contra José Sócrates e para ajustar contas com quem lhe ganhou as eleições, erguendo a bandeira da “economista bacteriologicamente pura”, desresponsabilizando-se de erros passados.
Ora, não é preciso ir muito longe ao baú da memória para recordar as “habilidades” da ministra das finanças do governo de coligação PSD/CDS.
Recordemos: para reduzir o défice efectuou a transferência do Fundo de Pensões dos CTT para a Caixa Geral de Aposentações e contabilizou nesse anos o perdão fiscal que transitou do ano anterior
Com a transferência do Fundo de Pensões dos CTT para a CGA o Executivo arrecadou cerca de 1,3 mil milhões de euros. E com o perdão fiscal amealhou mais 197 milhões de euros. Ao todo, somando estas verbas com o montante pago pelo Citigroup, as receitas angariadas com medidas excepcionais totalizaram cerca de 3,3 mil milhões de euros.
Segundo o Banco de Portugal, as receitas extraordinárias contaram 2,5 por cento para baixar o défice das contas públicas, em 2003. Por isso, sem estas receitas extraordinárias, o Banco de Portugal considerou, então, que o défice das contas públicas teria sido de 5,3 por cento.
Já em 2002, o Governo PSD/CDS-PP recorrera a receitas extraordinárias para combater o défice orçamental: o perdão fiscal gerou 1,16 mil milhões de euros, a venda da rede fixa da PT 365 milhões de euros e as portagens da Brisa 288 milhões de euros, negócios ruinosos e que apenas visaram salvar o défice.
Mas, por falar em “habilidades” voltemos ao negócio com o Citigroup, a quem Ferreira Leite vendeu as supostas dívidas fiscais (muitas delas sem qualquer viabilidade de serem recebidas e outras já prescritas, factos que eram do conhecimento de Manuela Ferreira Leite), pois verificou-se que cerca de 33% desses créditos não eram cobráveis, tendo o Estado sido obrigado, dos 11, 44 mil milhões de euros cedidos ao Citigroup em 2003, a ceder mais de 3,74 mil milhões para substituição dos não cobráveis. Ou seja, por força desta operação ruinosa, o Estado cedeu ao Citigroup um montante total de créditos de cerca de 15,2 mil milhões de euros.
É, pois, esta a Deputada que, em nome da competência, da transparência, da firmeza, do rigor, vai representar o PSD no debate de hoje. Por mim estou esclarecido.

domingo, 20 de março de 2011

A confissão de Pires de Lima da impotência da direita para vencer as eleições.

António Pires de Lima, presidente do conselho nacional do CDS pediu ao Presidente da República e ao presidente do PSD, Passos Coelho para não darem argumentos a Sócrates. No discurso no congresso, Pires de Lima pediu directamente "seria bom que o Presidente da República e Pedro Passos Coelho, depois do conselho relativamente ao PEC1, 2 e 3 e ao Orçamento do Estado que não criassem um argumento que permita ao engenheiro José Sócrates vitimizar-se na campanha e responsabilizar a oposição pela crise em que estamos mergulhados".
"Se José Sócrates for reeleito, que Presidente da República se verá em Belém? O CDS aprendeu a gostar de Cavaco Silva em Belém. Não quero um fantasma do sr Cavaco Silva a viver em Belém".
Palavras para quê? Vindas de um homem racional, frio e, habitualmente, assertivo, só vem confirmar que, afinal, os eleitores portugueses ainda não optaram, em definitivo, pelo PSD e pelo CDS, uma vez que, apesar da crise profunda em que vivemos, este dirigente do CDS admite a possibilidade de José Sócrates ganhar as eleições.
Impõe-se, consequentemente, uma pergunta, então para que servirão as eleições ou este clima de "guerra civil" que se vive?
Absolutamente para nada, quando se sabe que o CDS e o Bloco de Esquerda estão com medo de perder deputados e influência no Parlamento e não é certo que Passos Coelho consiga convencer os portugueses que o PSD é a solução.
A outra hipótese para a necessidade das eleições é a de criar condições para um governo de bloco central, sob a direcção de Cavaco Silva. Mas isso significaria o fim de Sócrates e de Passos Coelho.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fim de regime e uma vil tristeza!

Ao ouvir um pouco do debate de hoje, na Assembleia da República, fiquei com a sensação de estar na 1ª. República e em fim de regime.
Que vil tristeza, que políticos de tão baixo nível, que imagem que dão aos cidadãos! E depois admirem-se com as consequências.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quem protege ou porque protege o líder do CDS? Quem tem medo dele ou do que ele possa saber?

Ontem, um inspector da PJ declarou que o Ministério Público não deixou que se investigasse Paulo Portas e Nobre Guedes no âmbito do processo “Portucale”.
Além da gravidade desta declaração, que merece ser verificada, se for verdadeira colocam-se duas questões: quem protege e porquê o líder do CDS ou o que é que o líder do CDS sabe que faz com que tenham medo dele?

terça-feira, 15 de março de 2011

Um nova concepção dos Tribunais superiores e o mau jornalismo!

Ontem ouvi e não me espantei com a intervenção de uma jornalista da TVI que, questionando Artur Marques, advogado de Fátima Felgueiras, sobre a decisão do Tribunal da Relação em absolver a autarca, concluiu a pequena entrevista dizendo: “mais uma vitória na secretaria”.
Ficamos a saber que, para a jornalista, ter ganho de causa num Tribunal superior é ganhar na secretaria. Que tristeza de jornalismo!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Para complemento do post anterior

O regime líbio convidou empresas petrolíferas da China, Rússia e Índia para substituir as empresas petrolíferas ocidentais na Líbia, que abandonaram o país no seguimento dos confrontos contra Muammar Kadhafi, disse a agência noticiosa estatal líbia.
Kadhafi "encontrou-se no domingo com os embaixadores da China, Rússia e Índia, com quem discutiu o progresso das relações bilaterais, e convidou as empresas desses países para explorarem o petróleo líbio", diz a agência noticiosa Jana.
Este é o nó górdio do problema e a justificação para o comportamento dos líderes europeus.

domingo, 13 de março de 2011

Muammar Kadhafi, a "tenda", os líderes europeus e norte-americanos e a incapacidade para entender o Mundo Árabe.

Muammar Kadhafi e as tropas que lhe são fiéis vão, a pouco e pouco, retomando o controlo do poder na Líbia.
É um facto que Kadhafi é um ditador e que o regime líbio não respeita os direitos humanos, na concepção europeia. Mas não os respeita há dezenas de anos e, no entanto, todos os dirigentes europeus foram à "tenda" e negociaram com ele o petróleo e as armas.
Deslumbrados pela "revolução do jasmim" no Egito e na Tunísia, sem compreenderem as diferenças, sequiosos do petróleo e com a consciência - se a tiverem - pesada pelos negócios com o líder líbio, com o apoio da Liga Árabe que é parte interessada na coisa e que quer, fundamentalmente, que tudo mude para que tudo fique na mesma, decretaram o fim do regime e de Kadhafi.
Era mais do que evidente, para qualquer observador, que a "revolução" não tinha possibilidade de triunfar, a não ser que o exército mudasse de campo e que, sem esse apoio fracassaria.
Tudo indica que o fracaso é inevitável, apesar de eu acreditar que estamos no início de uma nova era no Mundo Árabe.
Depois do falhanço, anunciado, os líderes europeus andam desorientados, sem saber como descalçar a bota.
Porque a "política real" vai sobrepor-se a estas declarações de circunstância, às declarações para impressionar a população árabe que vive nos seus países, os europeus e os norte-americanos não sabem como sair desta embrulhada, em que se meteram, por manifesta incapacidade de análise.
Até porque, directa ou indirectamente irão continuar a precisar de comprar petróleo à Líbia e a vender armas para o coronel Kadhafi. Não tardará muito para os ver, de novo, a ir à "tenda" prestar vassalagem a Kadhafi.








sexta-feira, 11 de março de 2011

Venha de lá um pouco de coragem.

O governo não informou o Presidente da República do acordo quanto às novas medidas de contenção financeira - vulgo austeridade - que levou a Bruxelas. O primeiro-ministro limitou-se a telefonar a Passos Coelho para lhe dar conhecimento deste PEC 4. Bruxelas rejubilou com as medidas propostas, os mercados nem por isso e Passos Coelho veio dizer que o PSD não as aceita.
Nesta quadratura do círculo só há três soluções: ou o Presidente da República exerce os seus poderes, deixando de lado o tacticismo da sua acção, ou o PSD apresenta uma moção de censura que seja viabilizada pelos restantes partidos da oposição e derruba o governo ou o governo vem dizer que não possui condições para governar.
Agora nada pode continuar como antes, porque, mesmo que se queira, não podemos manter este fingimento dolorosamente autofágico. Como escreveu Pessoa "O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente".
E os portugueses já não fingem a dor que sentem, porque ela é tão real que se entranha e esventra uma sociedade em queda livre.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os jovens, o ensino, as saídas profissionais e a culpa colectiva.

O Presidente da República e o líder da oposição coincidem: os jovens estão a sofrer as consequências de políticas económicas erradas e, nas palavras de Passos Coelho, "Portugal está, mais do que nunca, ameaçado por um conflito intergeracional" em que "pela primeira vez na nossa história moderna as gerações mais novas correm sério risco de viverem pior do que as gerações precedentes".
É verdade, e uma verdade inquestionável. Porém importa saber duas ou três coisas: quem acabou e destruiu o ensino profissional no nosso País? Quantos ministros da Educação, ao longo dos governos de cavaco silva passaram pelo ministério? O que fizeram para mudar o ensino? Quantos cursos e universidades privadas foram autorizadas? Quem as autorizou? Quem alterou, constantemente as regras do ensino? Possivelmente desde há vinte anos que todos os governos são co-responsáveis pela situação e por não terem criado saídas profissionais para os jovens, nem potenciado a criação de empresas e de desenvolvimento económico.
Acresce que as gerações mais velhas vivem, neste momento, situações tão graves como os jovens, uma vez que o desemprego atinge a faixa etários dos cinquenta anos, ou seja, de cidadãos que possuem menos condições para retomar o trabalho, porque estão menos preparados e porque o mercado de emprego, quando existe os exclui.
Colocar o acento tónico apenas nas condições do jovens é cavar esse fosso intergeracional, criando clivagens artificiais e estéreis.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Hoje toma posse o Presidente da República e daqui a três dias ocorre uma manifestação que vai derrubar o regime.

O sonho do PCP está quase a realizar-se com a tomada de posse de Cavaco Silva e a entrada no Palácio de Inverno dos "jovens à rasca".
Com o apoio do mundo empresarial, de alguma comunicação social e da classe média e média alta, o regime vai cair, na rua, dia 12 de março, três dias depois da posse de Cavaco Silva e a nove dias do começo da Primavera. Que floresçam mil flores nos jardins de Portugal.

terça-feira, 8 de março de 2011

Nunca é demais relembrar!

Em Maio de 2010 escrevi este texto, que relembrei em Novembro de 2010 e que, após a intervenção de Miguel Sousa Tavares na SIC, relembro para os menos avisados e para as "inteligências" que andam por aí à solta.

"Ontem avisei que a crise social na Grécia se poderia tornar violenta e contagiar os outros países da Europa.
Os factos vieram confirmar os meus receios, mas, apesar disso, os governos europeus continuam reféns da sua incapacidade e dos resultados eleitorais.
Preferem arrastar a Europa para um clima de violência, de guerrilha urbana, do que perder eleições. São os políticos que temos e, possivelmente, os que merecemos.
O custo desta inércia, deste pacto com os grandes interesses financeiros vai sair muito caro aos europeus. Porque poderá vir a ser pago com o sangue
"

Agora, algumas pessoas vêm dizer que, afinal, a coisa está má e que pode acabar em agitação social. Que pena não terem visto isso mais cedo.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A ruptura de Portas com Passos Coelho.

No entusiasmo e na vertigem das sondagens que davam a possibilidade de uma maioria ao PSD e ao CDS, o líder deste partido lançou-se nos braços de Passos Coelho com uma proposta de casamento, com convenção ante-nupcial, que definia, à partida, a partilha de lugares, de ministros, de motoristas e de cargos no aparelho do Estado.
O PSD fingiu que não percebeu a proposta, porque ambicionava a maioria absoluta e, depois, logo se veria as vantagens de um casamento e se o mesmo seria por amor ou por interesse. Como, dificílmente, o casamento entre o PSD e o CDS seria de amor, só poderia ser de interesse e esse teria de dar vantagem ao partido que menos precisasse da coligação.
Entretanto as sondagens, os ventos e a "guerra civil" que se instalou no PSD, como lhe chamou Vasco Pulido Valente, transformaram um hipotético casamento num divórcio anunciado.
A confirmação d0 divórcio, surgiu ontem, em forma de arrufo de namorados, com Paulo Portas a colar o PSD ao PS no negócio do TGV.
É evidente que, num País em que os políticos não possuem, na sua generalidade, carácter ou coluna vertebral, este arrufo, amanhã, se as condições mudarem, transforma-se em nova declaração de amor e, se necessário, na concordância com a necessidade de construção o TGV, com o CDS todo empenhado e explicando as vantagens de um negócio que, agora, considera ruinoso para o País.
Mas, fundamentalmente, o que está em questão, é que Paulo Portas percebeu que Passos Coelho e a sua equipa começam a perder o "estado de graça" e que não vão lá. Por isso recomeçou a pescar no eleitorado da direita, para evitar os danos colaterais do voto útil. Enquanto isso, o PCP aguenta, à esquerda, a hemorragia que lhe foi causada pelo Bloco e o PS mantém a esperança de sobreviver até que venham melhores dias.

domingo, 6 de março de 2011

Olhem para o que está a acontecer à coligação lib-dem!

Os nossos liberais, pequenos políticos a brincar aos crescidos, vibraram, loucamente, com a vitória da coligação lib-dem na Grã-Bretanha. Ora aí estava a explicação de todos os erros e a solução para todos os países, inclusive para Portugal.
Com a governação de Cameron, a pobreza aumentou, o desemprego nem se fala, a crise não acabou e nas mais recentes eleições os liberais levaram uma "trepa".
Misteriosamente, como de resto é hábito, fruto da cobardia e da falta de dignidade, os que, em Portugal, se reviam naquela coligação, calaram-se como ratos.

sábado, 5 de março de 2011

A entrevista do Carnaval e o novo Rei da festa.

Hoje, o jornal "I" publica a chamada entrevista de Carnaval, própria da época, mas reveladora que alguns dos nossos políticos já se encontram fora de prazo, apesar de continuarem a pensar que ainda possuem ideias e bom senso.
O entrevistado é Bagão Félix que nos deixa, ao longo da entrevista, momentos de intenso humor, que pode competir com o "Inimigo Público" ou com o "Gato Fedorento".
Ler esta entrevista ou ler uma edição do "Inimigo Público" é quase a mesma coisa, com a diferença que o homem foi ministro das finanças e pensa que ainda tem alguma coisa para dizer aos portugueses.
Se estiver aborrecido, se o tempo não o deixar ir brincar ao Carnaval, se não estiver com disposição para ver os programas da televisão, entretenha-se a ler a entrevista. Vai divertir-se muito mais do que imagina.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O fim da festa, anunciado, para o Bloco de Esquerda.

A mais recente sondagem, que vale o que vale, apresenta o Bloco de Esquerda em queda, bem como o seu líder, Francisco Louçã.
Nada de novo, ou de estranho, porquanto, e apesar de não relevar as sondagens, este é o sentimento que se detecta na sociedade portuguesa.
O folclore tradicional associado ao Bloco está a perder força, os "amigos" na comunicação social já perceberam que o tempo passou e que agora é a sério, ou seja, o País precisa de encontrar uma solução que não passa pelo Bloco - nem nunca passou - e, consequentemente, deixaram de dar protagonismo a Louçã e Cia, (companhia, entenda-se).
Francisco Louçã vive, por isso, e olhem bem para o facies dele, que respira ódio a um ritmo infernal, um enorme drama, que é o de ser derrotado, diariamente, e ver partir o seu eleitorado, que na verdade nunca foi bloquista, para outras paragens.
Sem pretender ter dons de adivinho, porque não sou o Zandinga, como chamou um dia dia Barroso a Santana Lopes (Congresso de Viseu do PSD), as próximas eleições serão fatais para o Bloco de Esquerda.

quarta-feira, 2 de março de 2011

As eventuais boas notícias para uns e as eventuais más notícias para outros.

Segundo uma notícia do Diário de Notícias, desde 1996 que Portugal não apresentava uma redução da despesa efectiva do Estado. Os 3,6% de queda prevista neste indicador em Fevereiro deverão fazer parte dos trunfos que José Sócrates leva para os 30 minutos de reunião que vai ter com Angela Merkel.
Esta notícia, que deverá ser analisada em profundidade para saber onde ocorreu a redução da despesa, se nas despesas correntes, se nas despesas de investimento, pode ser uma boa notícia para os portugueses e para o governo e uma má notícia para a oposição e para Cavaco Silva.
Caso seja verdade, acresce a esta redução a manifestação do sector bancário em não querer a intervenção do FMI, que deu os resultados que se sabe na Grécia e na Irlanda.
Esta intervenção era fundamental para que Cavaco Silva dissolvesse a Assembleia da República e o PSD sonhasse em alcançar o poder.

terça-feira, 1 de março de 2011

Quem manda no PSD?

Passos Coelho mandou calar o partido, afirmando que não queria que fosse o PSD a causar qualquer perturbação política. Além de que não haveria urgência em chegar ao poder.
Todos os dias membros destacados do PSD pedem a queda do governo e novas eleições. Ou não ligam ao Presidente do partido ou existe descoordenação ou tudo faz parte de uma estratégia muito bem delineada.