sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Esperar para Ver

O presidente francês Nicolas Sarkozy pediu aos dirigentes dos bancos franceses que suspendessem este ano "a parte variável" das respectivas remunerações calculada sobre os resultados de 2008, em contrapartida do apoio financeiro que foi dado pelo Estado.
Cavaco Silva já tinha alertado para as elevadas remunerações dos gestores das empresas privadas, que seriam escandalosas no contexto da economia nacional. Muitos consideraram esta posição como de interferência na economia privada, inadmissível por parte do Estado.
Hoje, face ao descontrolo total da situação financeira e com a necessidade de repensar o sistema capitalista ou de economia de mercado, estas questões são pertinentes, num quadro de regulação do Estado, por forma a evitar situações como aquela a que se chegou.
Esperamos que em breve o governo português dê o exemplo e ordene a redução dos benefícios dos administradores das instituições financeiras do Estado e aconselhe os bancos a quem concedeu o aval a fazer o mesmo quanto às remunerações dos seus administradores.