A posição que se deve assumir perante uma acusação de corrupção não pode ser analisada emotivamente mas sim racionalmente.
Quem exerça determinados cargos, após ser constituído arguido num processo daquele tipo, deve ponderar o que é melhor para ele, para a instituição em que presta serviço e para o o seu partido.
A demissão, num caso destes, não é sinónimo de culpa, mas sim o resultado de uma ponderação daquelas três vertentes.
José Penedos, caso se tivesse demitido, poupar-se-ia a ser suspenso pelo Tribunal, evitaria um desgaste à REN, que é uma empresa cotada em Bolsa, e faria um favor ao Partido Socialista.
Não o fez, e agora fica numa situação mais fragilizada, mesmo que se venha a comprovar a sua inocência. Porque o tempo mediático, quando isso acontecer, será, inevitavelmente, outro.