segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Razões para sorrir

“A Europa enfrenta o risco de mais agitações sociais, caso não sejam tomadas, rapidamente, medidas para resolver a crise económica e financeira, afirmou a ministra da Economia Francesa”
Esta confirmação, verdadeira, do estado a que chegou a Europa deveria ter sido acompanhada de um “mea culpa” por parte dos dirigentes políticos, empresários e economistas que se reuniram em Davos.
Num tempo em que a crise se anunciava, o governador do Banco Europeu teimava em controlar a inflação, em detrimento do investimento, subindo as taxas de juro, o que causou uma grave e profunda perturbação nas famílias e nas pequenas e médias empresas.
Durante os últimos anos desregulou-se o sistema financeiro, especulou-se sem limites e os responsáveis políticos, porque as coisas até davam a sensação de um “boom” de desenvolvimento e de crescimento económico, olhavam para o lado e não viam a gravidade do que poderia acontecer.
Por pura incompetência, ou por não passarem de meros “mangas de alpaca” a governar a Europa, são os principais responsáveis do estado a que chegamos e abriram o caminho para a agitação social.
Que está aí à porta com milhões de desempregados, o encerramento diário de empresas e a redução do poder de compra dos cidadãos que ainda possuem emprego.
A esquerda, que parecia afastada do poder, tem razões para sorrir, ainda mais quando o poder se aproxima pela mão dos defensores do liberalismo económico.