sábado, 14 de março de 2009

Qual a verdadeira motivação para recusar a redução do vencimento do Governador do BdP

O Ministro Teixeira dos Santos recusou reduzir a remuneração do Governador do Banco de Portugal. Numa visão anti-miserabilista da coisa esteve bem, porque essa medida seria demagógica e irrelevante, mesmo como sinal de solidariedade no combate à crise financeira.
Hoje li que Teixeira dos Santos será o substituto de Vítor Constâncio na direcção do Banco de Portugal, pelo que não integrará o próximo governo.
Esta notícia coloca-me duas dúvidas: a primeira diz respeito à motivação que determinou a recusa da redução vencimento do Governador do Banco de Portugal, ou seja, qual o verdadeiro fundamento para recusar a alteração, nomeadamente se Teixeira dos Santos já sabia desta possibilidade.
A segunda diz respeito ao facto em si, ou seja, para Teixeira dos Santos ser Governador do BdP é necessário que o PS ganhe as eleições e isso está cada vez mais longe de ser uma realidade.
A não ser que a substituição ocorra à má fila, no período que decorre antes do acto eleitoral, o que é uma característica de governos em fim de ciclo.
Porém, nesse caso, estou convencido que, se o PS perdesse as eleições, Teixeira dos Santos colocaria o lugar à disposição do novo governo.