segunda-feira, 23 de março de 2009

Que espanto!

O director do Fundo Monetário Internacional, Strauss Kahn, alertou para as consequências da crise económica, caso não sejam tomadas medidas para que esta seja resolvida. Kahn sublinhou que esta crise pode "ameaçar as democracias e gerar conflitos, inclusivamente guerras".
Que novidade! Será que só agora é que os dirigentes mundiais e os responsáveis pelos organismos de controlo se aperceberam desta realidade?
Em 16 de Dezembro de 2008 escrevi aqui:
“A crise deveria servir para tirar algumas lições, mas parece que ninguém quer aprender. Os governos continuam desorientados e sem capacidade de resposta à crise social que vai explodir, os especuladores continuam a querer ganhar dinheiro à custa da crise, os analistas fingem que percebem da coisa e alimentam a depressão, porque cada um quer ser mais assertivo do que os outros.
Na verdade, e sem pretender ser pessimista, a Europa e os Estados Unidos arriscam uma implosão social que ultrapassa em muito a recessão, uma vez que colocará em crise a democracia e as liberdades”
Infelizmente, os empresários, os especuladores e os governos continuam a tentar sair da crise, que provocaram, com os maiores benefícios possíveis. E isso é um erro sem perdão.